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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Luísa Ducla Soares: meio século de vida literária



A escritora Luísa Ducla Soares, 80 anos, está a cumprir meio século de vida literária, resguardada em casa, por causa da covid-19. Sem celebrações públicas, aproveita para escrever, quase sempre a pensar nos mais novos.

A escritora, uma das mais acarinhadas e prolíficas autoras de literatura para a infância, publicou na semana passada o primeiro livro de memórias, que é dirigido aos leitores, novos e de gerações anteriores, que a acompanham nestes 50 anos. 
"Nunca tinha escrito nada sobre mim própria. Já estou farta de me aturar, desde que acordo até que me deito sei tudo sobre mim, por isso prefiro escrever sobre outras coisas", afirma, em entrevista à agência Lusa. 
A convite da Porto Editora, repensou o que foram os seus 80 anos e escreveu "Luísa - As histórias da minha vida", que foi editado, com ilustrações, fotografias, pequenos episódios biográficos e recordações da família. 
"Fez-me repensar, ver a minha vida como um filme e pensá-la para os mais novos. Eu própria fiz uma avaliação de muita coisa. Foi interessante e triste. Quando se chega a esta idade, pensa-se que se podia ter feito isto ou aquilo da vida. Há sempre encruzilhadas por onde decidir", afirmou. 
Os 50 anos de vida literária de Luísa Ducla Soares são contados a partir da estreia literária, com o livro de poesia "Contrato", de 1970. Atualmente "esgotadíssimo", este não é um livro para crianças, reúne poemas que escreveu por essa época, antes dos trinta, refletindo ainda a vida universitária, as lutas estudantis. 
O primeiro livro para crianças só surgiria dois anos, em 1972, com "História da papoila", que lhe valeu Grande Prémio da Literatura Infantil, e que recusou por razões políticas e ideológicas. 
As encruzilhadas de que fala, passaram, por exemplo, pelo escritor José Saramago, então editor da Editorial Estúdios Cor, que a incentivou a escrever mais histórias para crianças. 
Outras encruzilhadas são relembradas no livro de memórias, como o dia em que foi presa pela PIDE, a polícia política da ditadura, por ter participado numa manifestação estudantil, ou a experiência traumática da morte de um dos filhos. 
Hoje Luísa Ducla Soares tem mais de 180 livros para os mais novos, entre contos, lengalengas, poesia, trava-línguas, que versam sobre a vida das crianças. Estão marcados pelo tempo em que foram publicados e, ao mesmo tempo, vão beber à literatura tradicional. 
"Sinto-me bem comigo própria a escrever para crianças", reconheceu. 
Apesar do ofício literário, Luísa Ducla Soares trabalhou na imprensa, foi tradutora, passou pelo Ministério da Educação e esteve 30 anos na Biblioteca Nacional, onde teve oportunidade de aprofundar esse vigor da leitura e da literatura, que transpôs para a escrita. 
"Ganhei anos a conhecer a literatura tradicional portuguesa. E isso é importante, porque, através da literatura tradicional, cruzando com certas experiências do surrealismo, do neorrealismo, podemos fazer coisas originais com as crianças. (...) [A literatura infantil] não é dedicada a atrasados mentais nem a parvos. A literatura infantil deve despertar nas crianças o gosto por aquilo que é bonito, que é belo, que tem determinados valores, por aquilo que tem humor e que soa maravilhosamente", defendeu. 
Luísa Ducla Soares, quase a cumprir 81 anos, está, por enquanto, afastada das atividades públicas, por causa da covid-19. 
As atividades em bibliotecas e escolas, os encontros com leitores têm sido colmatados ocasionalmente de forma virtual, através da Internet, mas o tempo é passado sobretudo a escrever. 
Luísa Ducla Soares, um dos raros nomes da literatura para a infância ainda ativos desde antes do 25 de Abril de 1974, está atualmente a trabalhar em poemas a partir da peça musical "O carnaval dos animais", de Camille Saint-Saens, e tem andado a mexer nos arquivos, onde estão várias histórias a repousar, a “demolhar”. 
"Tenho imensas histórias por editar, mas teria de as reler e de lhes dar uma voltinha. Sabe, os textos literários são um bocadinho como o bacalhau, devem secar para ficarem bem. E depois de estarem secos vai-se ver como é que aquilo ficou. Nessa altura já não somos o criador do texto, somos o leitor, e já vemos de uma maneira diversa", comparou. 

Disponível em:
https://www.rtp.pt/noticias/cultura/escritora-luisa-ducla-soares-cumpre-50-anos-de-vida-literaria-com-livro-de-memorias_n1236111 

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Liberdade: “ler é maçada/estudar é nada”

Numa das tarefas em E@D, a professora Elisa Rodrigues lançou aos alunos do 9.ºBD, o desafio de que, a partir do poema Liberdade: “ler é maçada/estudar é nada”, de Fernando Pessoa, contrariassem esses versos e tentassem convencer outros jovens para a importância da leitura e do estudo.

Parabéns à professora Elisa e a todos os alunos pelo trabalho, empenho, motivação e dedicação.

O excelente resultado foi o que se segue, numa pequena amostra.

Nos dias que vivemos hoje, tudo é digital, tudo está apresentado em vídeos e filmes para facilitar a nossa forma de aprendizagem. A nossa geração é preguiçosa e não gosta de ler. E com o tempo fomos acreditando que estudar e ler é cansativo e aborrecido.
Mas todos nós devíamos ter a necessidade do conhecimento, de aprender mais, pois isso leva a melhores oportunidades no futuro e ajuda a melhorar a nossa mente. Ao estudar, aprendemos também a interagir com outras pessoas, a dialogar com elas, a criar novas opiniões, e a sabermos discutir novos assuntos e ideias. Aprender permite que tenhamos conteúdo para falar e pensar mais além. Ao estudar e ler, exercitamos o nosso cérebro, ajudamo-lo a "trabalhar" ao criar novas informações e a saber processá-las. Quando lemos os livros, os jornais, as revistas, aprendemos a adaptar-nos a novas situações que possam surgir na nossa vida que talvez nós não soubéssemos lidar com elas. A história ensinou-nos que outras pessoas já venceram guerras, combateram doenças, cresceram economicamente e socialmente, e talvez isso nos tenha ajudado a superar situações idênticas, ao longo do tempo. Aquilo que estudamos permite-nos aprender as diferentes áreas para podermos decidir aquilo que mais gostamos de fazer.                
Concluindo, os estudos ampliam a nossa visão sobre o mundo, aumentam a nossa autoestima e fazem bem a nós próprios como seres inteligentes.

Marco Sousa, 9.ºBD

Importância da leitura e do estudo

Na minha opinião, ler pode ser considerada uma forma de estudo, que melhora o nosso conhecimento.
Desde pequenos que nos ensinaram, em casa ou na escola, a ler e graças a isso tornámo-nos pessoas mais cultas. Quando lemos, estamos a interpretar significados, o que promove a nossa “saúde” mental, estamos a estudar, visando alargar os conhecimentos e informar-nos sobre determinado assunto. Existem diferentes formas de leitura e em diferentes locais, como em livros, sites…
Muitos jovens, na atualidade, não gostam de ir à escola, mas deviam ficar contentes, já que em muitos países, principalmente no continente africano, muitas crianças não têm como o fazer, já que a prioridade é a luta pela sobrevivência, porque são países onde há muita corrupção e a pobreza é extrema. Para além de reclamarem, a maior parte dos jovens também não são interessados pelo estudo nem pela leitura e, em vez disso, preferem usufruir das novas tecnologias em excesso que, para além de ser viciante, faz com que ganhem problemas visuais.
Concluindo, ler é cativante e estudar interessante, e todas as pessoas podem ler e estudar para melhorar o seu conhecimento.

       Martim Figueiredo, 9.ºBD

Na minha opinião, o poema “Ler é maçada/estudar é nada” de Fernando Pessoa está errado. Sei que muitas pessoas pensam assim, pensam no trabalho que dá, a “seca” que é e vamos ser sinceros, estudar até o pode ser, mas é necessário para sermos alguém com um futuro. 
Ler faz parte da nossa vida, estudar é essencial para ela. Tanto estudar como ler, nos dão conhecimento e capacidades. Quantos médicos se formaram sem estudar? Quantos advogados se formaram sem se esforçar? Se formos verificar, ninguém o conseguiu sem estudo.
Mas agora vamos ver a leitura pelo lado positivo. Vão dizer-me que nunca leram um livro que vos entusiasmou, que vos fez imaginar coisas sem nexo? Nem mesmo durante uma aula de português ou de história? Claro que sim, mesmo contrariados, ler faz-nos viajar por mundos desconhecidos, faz-nos viajar por sítios nunca antes navegados. Reparam como ler e estudar combinam? Como os dois nos fazem bem, nos fazem aprender? Ler e estudar são essenciais, embora possa ser aborrecido e admito que é, mas quando estudamos, aprendemos, quando lemos viajamos e isso é incrível.
Em suma, eu discordo desse poema, pois embora ler e estudar sejam aborrecidos, nós precisamos deles e quando o fazemos não queremos parar de saber o que desconhecíamos. 

Matilde Branco, 9.ºBD

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Interculturalidade em E@D

Os alunos do 6.º A, em Cidadania e Desenvolvimento, realizaram um trabalho de pesquisa sobre a Interculturalidade.  
A docente Ana Paula Dionísio lançou a proposta e todos os alunos colaboraram na construção da apresentação que partilhamos com todos. Ficámos a conhecer um pouco mais de vários países do mundo. Alguns com algumas semelhanças e outros com costumes e tradições muito diferentes das nossas.

Parabéns à professora Paula e a todos os alunos pelo trabalho, esforço, dedicação e concretização.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

No dia 10 de junho celebra-se o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Esta data presta homenagem ao grande poeta Luís Vaz de Camões, autor d´Os Lusíadas, a maior obra épica de Portugal, que faleceu no dia 10 de junho de 1580. Este é considerado também o dia da Língua Portuguesa e do cidadão nacional.

História do Dia de Portugal

Durante o regime ditatorial do Estado Novo de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974, o dia 10 de junho era celebrado como o "Dia da Raça: a raça portuguesa ou os portugueses".
Após a revolução do 25 de abril de 1974, que marcou o fim do regime ditatorial do Estado Novo, a celebração do dia passou a prestar homenagem a Portugal, a Camões e às Comunidades Portuguesas.

Deixamos um pouco da obra de Luís Vaz de Camões e a ilustração criada pela docente Teresa Almeida.

Biografia

Luís Vaz de Camões nasceu em Lisboa em 1524 e faleceu na mesma cidade a 10 de junho de 1580. Foi considerado uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas da tradição ocidental.

Bibliografia
"Os Lusíadas"
"Lírica"
"El Rei Selenca"
"Anfitriões"
"Filodemo"
"Parmaso Lusitano"



Feliz dia e boas leituras!

terça-feira, 9 de junho de 2020

“Tempestade” – 9.º D


A docente de português, Ana Cristina Santos, da turma 9ºD propôs uma atividade de expressão escrita aos seus alunos… relacionarem o episódio “Tempestade” de Os Lusíadas com “a tempestade” que vivemos (pandemia) incluindo a letra da música “Tempestade” de Pedro Abrunhosa e Carolina Deslandes e uma das suas consequências: Ensino à Distância.

Parabéns à professora Ana e aos alunos pelo seu trabalho, envolvimento, criatividade e partilha.

Eis alguns testemunhos ….


A letra da música “A tempestade” de Pedro Abrunhosa e Carolina Deslandes está relacionada com os tempos que estamos a viver, em casa, sem poder estar com os amigos e até mesmo com os familiares… Esta fase da vida dos portugueses pode ser comparada com a “tempestade” que os portugueses tiveram que ultrapassar na altura dos descobrimentos para chegarem à Índia. O conteúdo deste episódio é semelhante à letra da música referida, pois todos tivemos de fazer sacrifícios e privações, para vencermos. 
Luís de Camões fala sobre uma tempestade passada no seu tempo que quase impediu os Portugueses de prosseguir a sua viagem; Pedro Abrunhosa e Carolina Deslandes falam da “ tempestade” atual, referindo que “Não estamos só na tempestade” e dá-nos esperança de que “Já não tarda a liberdade…”. Este tempo tem-nos privado de vários privilégios, de situações, de falta de liberdade…
Aos poucos, com o apoio e esforço de todos os portugueses que se estão a empenhar no combate desta pandemia, daqui a algum tempo voltaremos a estar com os amigos, professores e familiares.

Assim, mais uma vez, os portugueses são heróis nacionais e até mundiais.

Ana Sofia, nº3


A música “Tempestade” de Pedro Abrunhosa e de Carolina Deslandes surgiu nesta fase da pandemia do coronavírus que estamos a enfrentar, talvez para mostrar que, apesar da distância, passámos subitamente a ter dos nossos amigos, de alguns familiares e inclusivamente de alguns que partiram devido a este vírus, não estamos sós.
É possível fazer uma comparação desta música com a epopeia Os Lusíadas, pois a tempestade que os portugueses superaram na época dos descobrimentos está relacionada com a “tempestade” que todos nós estamos a enfrentar devido aos sacrifícios derivados ao afastamento social.
Juntamente com estas mudanças repentinas, começámos, também, a ter aulas à distância. O “Ensino à Distância” tem várias vantagens e várias desvantagens. Uma das principais vantagens é a evolução e desenvolvimento das nossas capacidades no ramo da informática. Também é um desafio a nós próprios e à nossa mente que tem de se manter forte e sã para superar e lidar com todos estes sacrifícios, aos quais não estávamos habituados. Pessoalmente, prefiro o ensino presencial, pois estabelecemos relações muito mais fortes e vivas com os nossos professores e colegas na vida real, do que através de um ecrã, mas por outro lado, é essencial manter esta distância das pessoas que gostamos de modo a evitar novos contágios e assim protegermo-nos a nós e ao próximo!

Vicente, nº26


A@E pelos alunos…

O ensino à distância é uma novidade para todos. Tem algumas vantagens, como o desenvolvimento dos conhecimentos informáticos e o teste aos nossos limites e desvantagens: a perda de uma rotina e a dificuldade na aquisição dos conteúdos programáticos.
O ensino à distância foi uma das consequências da pandemia Covid-19. Dadas as circunstâncias, tem sido um desafio quer para alunos, quer para os pais, quer para docentes e até para as direções dos Agrupamentos que têm tentado os melhores métodos de ensino, as melhores plataformas para que haja o possível acompanhamento das matérias das diversas disciplinas por parte dos alunos, sempre sem pressão, com vista a manter a sanidade mental de toda a comunidade educativa.

Ana Rita, nº2


Estamos a viver um período em que foi necessário alterarmos todo o nosso modo de vida, todas as nossas rotinas e todas as nossas prioridades para nos sentirmos o mais seguros possível neste contexto de pandemia.
No meio desta fase menos boa, o mais importante é não nos sentirmos sozinhos e unirmo-nos às pessoas mais do que nunca, porque afinal estamos todos a passar por isto. Perante esta situação, tivemos que nos adaptar a um tipo de ensino diferente que nunca tivemos oportunidade de experienciar, que é o ensino à distância. No início, foi um pouco difícil habituarmo-nos a algo diferente, mas agora percebemos que também tem benefícios como adquirirmos um maior conhecimento das tecnologias (as quais vão ser cada vez mais necessárias no nosso dia a dia); fazemos tudo a partir de um só sítio, a nossa casa e ainda temos a oportunidade de passar mais tempo em família.    
Claro que tem mais pontos negativos, nomeadamente, a aprendizagem acaba por ser menos produtiva do que em aulas presencias e, ainda, o facto de não podermos estabelecer contacto com nenhum dos nossos amigos nem professores. 
Resumindo, esta pandemia implicou uma mudança radical na vida de cada um de nós. De certa forma, fez-nos dar um maior valor àquilo que tínhamos na nossa vida antes deste acontecimento e, sobretudo, fez-nos sair da rotina e viver um dia de cada vez, sem grandes planos.

Diana Silva, nº9 e Diogo, nº11


No início era um pouco estranho ter aulas sem ir à escola, mas com o tempo tornou-se mais agradável, pois não temos de acordar tão cedo e torna o nosso conhecimento sobre tecnologias mais vasto.
Apesar da situação “difícil” por causa da pandemia, tudo está organizado dentro dos possíveis e estamos todos a aprender muito bem.
Temos muitas saudades uns dos outros, mas infelizmente a situação em que nos encontramos não dá para nos vermos pessoalmente a não ser através de um ecrã. Isto reflete que todos estamos a cumprir a nossa quarentena, permitindo que, daqui a uns tempos, nos encontremos todos de novo!

Mafalda, nº15

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Divulgação de autores estrangeiros


Hoje, deixamos quatro autores estrangeiros com uma vasta obra literária. 
Os seus livros são constantemente lidos por crianças e jovens de todo o mundo.

As ilustrações e a recolha de informações foram realizadas pela professora Teresa Almeida. 

Boas leituras!





quinta-feira, 4 de junho de 2020

O Texto Dramático em E@D (8.º D e 8.º E)

Texto Dramático


A partir desta imagem, foi sugerido aos alunos que criassem um pequeno texto dramático tendo em conta as suas características.
Na primeira semana dedicar-se-iam a uma cena inicial e, na segunda semana escreveriam a segunda cena e finalizariam a sua peça. Surgiram histórias muito engraçadas dignas de ser publicadas no blogue e que nos mostram que, mesmo em casa confinada, a imaginação continua à solta.
Esta semana, a docente de Português, Ana Balula, partilhou três dos textos produzidos.
A timidez combatida neste E@D alia-se à garra, à partilha, à colaboração, ao empenho e ao interesse de todos os alunos. Também a colaboração da professora Fátima Amaral tem sido preponderante no processo de ensino/aprendizagem e, consequentemente, na qualidade dos trabalhos do Rodrigo.    

Parabéns a todos os alunos e docentes pelo excelente trabalho! Em E@D, o reconhecimento pelo vosso trabalho e empenho é a dobrar. 

Medo do palco
Cena 1
(O CÃO e o CAVALO estão no palco, em frente às câmaras)
CAVALO: Olá, meninos. Está tudo bem?
CÃO: Psst! CAVALO? (sussurrando) Não sei se sabes… mas não está aqui ninguém!
CAVALO: É claro que sei, mas, apesar de não estarem aqui, estão a ver-nos em casa! Falámos disto lá atrás…
CÃO: Aaaaaa! Pois é… eu lembro-me! Desculpa.
          CAVALOOOOO…
CAVALO: Diz CÃO!!! (já um pouco zangado pelo CÃO estar sempre a interromper)
CÃO: (murmurando) Não sei se é boa altura para te dizer que tenho medo do palco…
CAVALO: O quê? Mas eu perguntei-te se estava tudo bem… disseste que eram só os nervos. Não disseste nada sobre medo do palco… (já mais zangado. Respirou fundo três vezes e ficou mais calmo)
              Muito bem… inspira e expira três vezes, pensa que ninguém te está a ver e que estás apenas num ensaio completamente normal e, pensa também, que as câmaras não estão a gravar.
(depois de fazer o que o amigo disse)
CÃO: (depois de fazer o que o amigo disse) Já me sinto muito melhor! (e dando um abraço ao amigo) Obrigado CAVALO! És o melhor amigo que um cão podia ter. Muito obrigado!
                                                                                 
Cena 2
(entram o SAPO, o PIRATA e a SRA. SUSANA agitados com a algazarra)
SRA. SUSANA: Então? O que é que se passa aqui? Só se consegue ouvir gritos, lá atrás!
CAVALO: Desculpem! É que o CÃO descobriu que tem medo do palco e eu… bem… tu sabes!
PIRATA: Mas se ele tem medo do palco, não podes simplesmente ficar chateado. Tens que aceitar. Todos temos as nossas diferenças…
CAVALO: Eu sei! Mas depois arranjei uma forma de me acalmar e disse-lhe o que fazer para se acalmar também.
CÃO: É verdade! Agora já me sinto muito mais confortável à frente das câmaras… (intervindo envergonhado)
SAPO: Mas vamos lá começar isto, ou não?
CAVALO: Agora tu, SAPO? Estes problemas todos fazem parte do nosso teatro!
PIRATA: Sim… como se não soubesses!
SRA. SUSANA: Acalmem-se todos. Mas o PIRATA tem razão… em todos os ensaios fizemos as mesmas coisas, e não te lembras?
CÃO: Impressionante…
SAPO: Agora já me lembro! Estava a dar-me uma branca. (rindo-se) Acontece muitas vezes…
SRA. SUSANA: Não te preocupes! Pode acontecer a qualquer um.
SAPO: Obrigado a todos! Foi muito divertido.
            (dizendo em coro) Esperamos que tenham gostado! (despedindo-se).
Fim
Margarida Santos, 8.º D

A tripulação e o livro desvairado

Estava Luisinha, no seu quarto, a ler o seu livro preferido do pirata azarado. Está a anoitecer, Luisinha está deitada sobre a cama iluminada por uma pequena luz sobre o livro. Ao fundo houve-se um homem a gritar e Luisinha sente o seu livro a estremecer. Vai até à janela.

Pirata azarado (aos berros): Mexe-te criatura, não fiques a olhar assim para mim. Não deixes o navio pousado na cama e entra a bordo.
Luisinha (assustada): Mas, mas o que é isto? De onde vem esta voz? Quem chama? Não percebo por que razão o livro está a estremecer.
Luisinha aproxima-se novamente do seu livro e, de repente…
Luisinha (atrapalhada): O que é que se passa? Como entrei aqui?
Cavalo esbugalhado (a rir-se): Ora esta, estás agora com tanto medo e andas sempre a viajar nestas páginas! Não percebo.
Bolt, o cão (dirigindo-se a Luisinha): Não tenhas medo, esta não é a nossa primeira viagem. Costumas chegar mais bem-disposta. Não te assustes com o pirata, já sabes que ele gosta de tudo à sua maneira
Pirata azarado (à procura): O sapito, onde está o sapito? Só nos falta ele para prosseguir a nossa jornada.
O sapo aparece mesmo por detrás do pirata azarado
Sapo: Estou aqui, já estava com saudades de estarmos todos juntos.
Pirata azarado (com voz firme, dirige-se à tripulação): Agora que já estamos todos reunidos já podemos prosseguir a nossa aventura.
Luisinha (mesmo sem perceber nada do que estava à sua volta): Todos reunidos, como assim? Vamos para onde? Porque é que o livro está a ondular?
Bolt, o cão e Cavalo esbugalhado (em coro): Calma princesa, reages sempre da mesma maneira, já sabes que o segredo reside sempre na mesma palavra, CONFIANÇA.
E partem na aventura…

Cena II
Luisinha está assustada, mas ao mesmo tempo, com o olhar fixo num balão que por ali andava, sente-se entusiasmada por partir ao suposto desconhecido
Pirata azarado: Ó rapariga, estás a olhar para onde? Não sabes que o teu lugar é ao leme deste livro? Daqui a nada as palavras misturam-se e não há quem se entenda.
Luisinha (gaguejando por estar assustada): sssssiimmm, sssiiimm, meu capitão é para já. Por acaso não posso ser substituída pelo Bolt ou pelo cavalo?
Bolt e o cavalo esbugalhado (em coro): Nada disso, estás-te a passar, depois as coisas correm mal e sobra para nós. Cada macaco no seu galho. Tu fazes o teu trabalho e nós fazemos o nosso.
O sapito olha para eles com se nada fosse e refugia-se dentro de um barril que se encontra no convés.
Luisinha: Mas, afinal, para onde é que eu dirijo esta geringonça?
Pirata azarado (irritado):Hoje não estás bem rapariga, então já te esqueceste para onde vamos e o que tanto procuramos? Com tanta distração ainda embatemos em algum recife.
Luisinha cada vez percebia menos do que se passava, sentia-se com muitas responsabilidades sem sequer saber como tinha ido ali parar. Começou a mexer no leme e instala-se um barulho ensurdecedor…
Luisinha: Mas o que é que se passa, não consigo ouvir para além deste barulho que me está a enlouquecer!!!!
Pirata azarado (furioso): Não consegues, como não? Foste tu que nos enfiaste nesta enrascada e agora não nos ouves.
A restante tripulação corre de um lado para o outro, como se não soubesse o que fazer. Todos pareciam perdidos, todos pareciam aterrorizados. Entretanto ouve-se uma voz doce, ao longe:
- Luisinha, Luisinha, acorda, está na hora de ira para a escola.
Luisinha (assarapantada): Escola, como assim escola? E o navio, e o pirata? E o livro desvairado?
Luisinha abre os olhos e vê o livro caído sobre o tapete azul. O livro está escancarado e as folhas parecem humedecidas, tal como o seu pijama do unicórnio. As ilustrações parecem assustadas.
Luisinha fica pasmada. Porque estava o seu pijama molhado com cheiro a mar? Porque parecia o livro pedir ajuda? Onde estava o pirata que tanto discutia? Luisinha amanhece na dúvida.
As luzes do quarto de Luisinha vão-se lentamente e, ao longe ouve-se o autocarro escolar a chegar.

Guilherme; Inês e Tiago – 8.º E


Esta história sai de um livro que estava em cima da mesa…
Personagens: sapo, pirata, menino.
A cena passa-se numa praia, junto ao mar, com um barco, perto de uma aldeia.
Um pirata chega num barco e atraca na praia, junto à sua aldeia. Lá está um menino à espera dele.
O pirata está vestido com calças curtas e remendadas. Tem um chapéu na cabeça, um olho tapado e traz uma espada na mão.
 Pirata (entra maldisposto e dirige-se ao menino) - Que estás a fazer aqui?!
(Um sapo entra em cena aos saltos) - Splach, Splach, Splach...
Sapo (feliz, dirige-se para o pirata) - Deixa-nos em paz!
Pirata (com voz grossa) - Venho ver o que se passa nesta aldeia! Ouvi dizer que aqui se portam mal!!! E que este rapaz tem partido vidros e destruído muitas coisas!!! Tem que ser castigado!
O pirata rapta o menino e tenta levá-lo para o barco.
Menino (o menino aflito, grita) - Deixa-me! Tira-me daqui! Eu prometo não fazer mais nada de mal!…
Pirata (vira-se para o menino, com a espada na mão) - Não voltes a fazer asneiras! Da próxima, não te desculpo!
O pirata deixa o menino e foram os dois a cavalo para a aldeia. Levaram o sapo com eles e foram para a festa, onde todos dançaram.
Final da cena

Rodrigo, 8.º D

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Esta é a tua biblioteca!

Hoje a Biblioteca Escolar decidiu partilhar um excerto do livro A Bibliotecária de Auschwitz, de Antonio G. Iturbe, que nos fala sobre a importância dos livros. Baseado numa história real, que decorreu durante a Segunda Guerra Mundial, esta história mostra a coragem de um professor e de uma menina judia que não se rederam ao terror das atrocidades cometidas nos campos de concentração nazis e mantiveram-se firmes usando os livros como “arma” para manter viva a esperança e transmitir conhecimento.




“… - Esta é a tua biblioteca. Não é grande coisa - disse Hirsch, e olhou para ela de soslaio, para ver que efeito tinha causado.
 Não era uma biblioteca extensa. Na realidade, constituíam-na oito livros, e alguns deles em mau estado. Mas eram livros. Naquele lugar tão escuro onde a humanidade conseguira alcançar a sua própria sombra, a presença de livros era um vestígio de tempos menos lúgubres, mais benignos, quando as palavras falavam mais alto do que as metralhadoras. Uma época que se extinguira. Dita recebeu os livros um a um, com o mesmo cuidado com que se segura num recém-nascido.
 O primeiro foi um atlas sem capa a que faltavam algumas páginas e que mostrava uma Europa com países enclausurados e impérios que tinham deixado de existir havia já algum tempo. O colorido dos seus mapas políticos que formavam mosaicos de cores vivas – os encarnados-fortes, os verdes-brilhantes, o cor de laranja, o azul-marinho – contrastava com o cinzento que a rodeava, marcado pelo castanho-escuro da lama, pelo ocre-desbotado dos barracões, pelo cinzento do céu encapotado de cinza. Começou a folheá-lo e foi como se voasse sobre o mundo: atravessava oceanos, dobrava cabos com nomes exóticos – Boa Esperança, Horn, a ponta de Tarifa -, sobrevoava montanhas, saltava por cima de estreitos que pareciam roçar-se – como o de Bering, o de Gibraltar ou o do Panamá -, navegava com o dedo pelo curso da Danúbio e do Volga, e depois do Nilo. Meter todos os milhões de quilómetros quadrados de mares, de florestas, todas as cordilheiras da Terra, todos os rios, todas as cidades e todos os países num espaço tão minúsculo era um milagre só ao alcance de um livro.
 Fredy Hirsch observava-a em silêncio, satisfeito ao notar-lhe o olhar absorto e a boca aberta enquanto folheava o atlas. Se tinha alguma dúvida em relação à responsabilidade que acabava de depositar naquela rapariguinha checa, dissipou-se naquele instante. Soube que Dita cuidaria muito bem da biblioteca. Tinha esse vínculo que liga algumas pessoas aos livros. Uma cumplicidade que ele próprio, demasiado ativo para se deixar apanhar por linhas e linhas impressas em páginas, não tinha. Preferia a ação, o exercício, as canções, o discurso… Mas apercebeu-se de que havia em Dita essa empatia que faz que certas pessoas transformem um punhado de folhas num mundo inteiro só para elas.
 Melhor conservado estava o Tratado Elementar de Geometria, que também mostrava nas suas páginas uma outra geografia: uma paisagem de triângulos isósceles, de octógonos e cilindros, de filas de números ordenados em batalhões de exércitos aritméticos, de conjuntos que eram como nuvens e paralelogramos que tinham qualquer coisa de células misteriosas.
 O terceiro livro fê-la abrir muito os olhos. Era Uma Breve História do Mundo, de H. G. Wells. Um livro povoado por homens primitivos, egípcios, romanos, maias… civilizações que criaram impérios, impérios que se desmoronavam para dar lugar a outros novos.
 O quarto era uma Gramática Russa. Dita não percebia nada, mas gostava daquelas letras enigmáticas que pareciam feitas para contar lendas. Agora que a Alemanha estava em guerra com a Rússia, os russos eram seus amigos. Ouvira dizer que havia muitos prisioneiros de guerra russos em Auschwitz e que os nazis os tratavam com uma extrema crueldade. Não se enganava.
 Outro livro era um romance francês muito estragado, a que faltavam folhas e tinha nas páginas grandes manchas de humidade. Dita não sabia francês, mas pensou que havia de arranjar maneira de decifrar o segredo daquela história. Havia também um tratado intitulado Novos Caminhos da Terapia Psicanalítica, de um professor chamado Freud. Havia mais um romance, este russo, que não tinha capa. E o oitavo livro era um romance checo num estado calamitoso, um punhado de folhas pouco seguras na lombada por meia dúzia de fios. Antes que pudesse pegar-lhe, Fredy Hirsch pô-lo de lado. Ela olhou-o com uma expressão de bibliotecária contrariada. Gostaria de ter uns óculos de meia-lua para poder olhar por cima deles, como faziam as bibliotecárias a sério.
 - Este está muito estragado. Não serve.
 - Eu arranjo-o.
 - Além disso… não é um livro próprio para menores. E muito menos raparigas.
 Dita abriu ainda os olhos, para mostrar a sua irritação.
 - Com todo o respeito, senhor Hirsch, tenho catorze anos. Acredita mesmo que depois de ver todos os dias como o panelão do nosso pequeno-almoço se cruza com a carreta dos mortos e de ver dezenas de pessoas entrarem nas câmaras de gás ao fundo do Lager, me vai impressionar o que possa ler num romance?
 Hirsch olhou para ela, surpreendido. E não era fácil surpreendê-lo. Explicou-lhe que se tratava de As Aventuras do Bravo Soldado Švejk, escrito por um alcoólico e blasfemo chamado Jaroslav Hašek, e que continha opiniões escandalosas sobre política e religião e cenas de moral mais do que duvidosa muito pouco apropriadas para a idade dela. No entanto, ele próprio se apercebeu de que estava a tentar convencer-se a si mesmo, sem grande convicção, e de que a rapariguinha de penetrantes olhos verde-azulados o olhava cheia de determinação. Esfregou o queixo como se quisesse aparar a barba que lhe fora crescendo durante o dia. Bufou. Voltou a alisar os cabelos para trás e, por fim, aceitou. Entregou-lhe também o desconjuntado livro.
 Dita olhava para os livros, mas sobretudo acariciava-os. Estavam rasgados e riscados, manuseados, com cercaduras avermelhadas de humidade, alguns deles mutilados… mas eram um tesouro. E a fragilidade tornava-os ainda mais valiosos. Apercebia-se de que tinha de cuidar daqueles livros como se fossem velhinhos sobreviventes de uma catástrofe porque tinham uma importância crucial: sem eles, podia perder-se a sabedoria de séculos de civilização. A geografia, que nos mostrava como era o mundo; a arte da literatura, que multiplicava por dezenas a vida do leitor; o progresso científico, que a matemática representava; a história, que nos recordava de onde vínhamos e talvez nos ajudasse a decidir para onde devíamos ir; a gramática, que permitia urdir os fios da comunicação entre as pessoas… Mais do que uma bibliotecária, a partir daquele dia converteu-se em enfermeira de livros.”         
Excerto do livro A Bibliotecária de Auschwitz, de Antonio G. Iturbe 

Os livros tornam-se assim verdadeiros aliados em momentos tão particulares. Por isso, neste momento, o nosso conselho é agarrares um bom livro e aproveitares para, não só aprenderes mais, mas também viajares sem sair do lugar.  

Boas Leituras!

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Momentos de escrita em E@D


Com o esforço de alunos, encarregados de educação e professores, neste E@D muitos alunos adquiriram novas competências tecnológicas. 
Durante a semana passada, foi proposto à Elisa do 9.º A que fizesse um pequeno texto sobre o seu animal preferido. 
Deixamos aqui o seu trabalho que nos chegou via professora Fátima Amaral que a tem apoiado e orientado na realização das diferentes tarefas propostas.

Obrigada Elisa e professora Fátima!

O meu animal preferido 

O meu animal preferido é a minha cadela.
Ela chame-se Chica e é uma cadela pequena. Tem pelo curto e castanho. As orelhas são pequenas e, quando eu lhe faço festinhas, ela baixa-as! A cauda é curta e peluda. Ela alimenta-se de ração. 
A minha Chica é brincalhona, mas ladra muito, principalmente quando vê as pessoas estranhas! Ela não morde as pessoas. É uma cadela muito dorminhoca! Eu gosto muito da minha cadela, porque ela gosta de brincar e de andar comigo. Eu levo-a a passear e vai comigo levar o lixo!

Elisa Pombo