quinta-feira, 4 de junho de 2020

O Texto Dramático em E@D (8.º D e 8.º E)

Texto Dramático


A partir desta imagem, foi sugerido aos alunos que criassem um pequeno texto dramático tendo em conta as suas características.
Na primeira semana dedicar-se-iam a uma cena inicial e, na segunda semana escreveriam a segunda cena e finalizariam a sua peça. Surgiram histórias muito engraçadas dignas de ser publicadas no blogue e que nos mostram que, mesmo em casa confinada, a imaginação continua à solta.
Esta semana, a docente de Português, Ana Balula, partilhou três dos textos produzidos.
A timidez combatida neste E@D alia-se à garra, à partilha, à colaboração, ao empenho e ao interesse de todos os alunos. Também a colaboração da professora Fátima Amaral tem sido preponderante no processo de ensino/aprendizagem e, consequentemente, na qualidade dos trabalhos do Rodrigo.    

Parabéns a todos os alunos e docentes pelo excelente trabalho! Em E@D, o reconhecimento pelo vosso trabalho e empenho é a dobrar. 

Medo do palco
Cena 1
(O CÃO e o CAVALO estão no palco, em frente às câmaras)
CAVALO: Olá, meninos. Está tudo bem?
CÃO: Psst! CAVALO? (sussurrando) Não sei se sabes… mas não está aqui ninguém!
CAVALO: É claro que sei, mas, apesar de não estarem aqui, estão a ver-nos em casa! Falámos disto lá atrás…
CÃO: Aaaaaa! Pois é… eu lembro-me! Desculpa.
          CAVALOOOOO…
CAVALO: Diz CÃO!!! (já um pouco zangado pelo CÃO estar sempre a interromper)
CÃO: (murmurando) Não sei se é boa altura para te dizer que tenho medo do palco…
CAVALO: O quê? Mas eu perguntei-te se estava tudo bem… disseste que eram só os nervos. Não disseste nada sobre medo do palco… (já mais zangado. Respirou fundo três vezes e ficou mais calmo)
              Muito bem… inspira e expira três vezes, pensa que ninguém te está a ver e que estás apenas num ensaio completamente normal e, pensa também, que as câmaras não estão a gravar.
(depois de fazer o que o amigo disse)
CÃO: (depois de fazer o que o amigo disse) Já me sinto muito melhor! (e dando um abraço ao amigo) Obrigado CAVALO! És o melhor amigo que um cão podia ter. Muito obrigado!
                                                                                 
Cena 2
(entram o SAPO, o PIRATA e a SRA. SUSANA agitados com a algazarra)
SRA. SUSANA: Então? O que é que se passa aqui? Só se consegue ouvir gritos, lá atrás!
CAVALO: Desculpem! É que o CÃO descobriu que tem medo do palco e eu… bem… tu sabes!
PIRATA: Mas se ele tem medo do palco, não podes simplesmente ficar chateado. Tens que aceitar. Todos temos as nossas diferenças…
CAVALO: Eu sei! Mas depois arranjei uma forma de me acalmar e disse-lhe o que fazer para se acalmar também.
CÃO: É verdade! Agora já me sinto muito mais confortável à frente das câmaras… (intervindo envergonhado)
SAPO: Mas vamos lá começar isto, ou não?
CAVALO: Agora tu, SAPO? Estes problemas todos fazem parte do nosso teatro!
PIRATA: Sim… como se não soubesses!
SRA. SUSANA: Acalmem-se todos. Mas o PIRATA tem razão… em todos os ensaios fizemos as mesmas coisas, e não te lembras?
CÃO: Impressionante…
SAPO: Agora já me lembro! Estava a dar-me uma branca. (rindo-se) Acontece muitas vezes…
SRA. SUSANA: Não te preocupes! Pode acontecer a qualquer um.
SAPO: Obrigado a todos! Foi muito divertido.
            (dizendo em coro) Esperamos que tenham gostado! (despedindo-se).
Fim
Margarida Santos, 8.º D

A tripulação e o livro desvairado

Estava Luisinha, no seu quarto, a ler o seu livro preferido do pirata azarado. Está a anoitecer, Luisinha está deitada sobre a cama iluminada por uma pequena luz sobre o livro. Ao fundo houve-se um homem a gritar e Luisinha sente o seu livro a estremecer. Vai até à janela.

Pirata azarado (aos berros): Mexe-te criatura, não fiques a olhar assim para mim. Não deixes o navio pousado na cama e entra a bordo.
Luisinha (assustada): Mas, mas o que é isto? De onde vem esta voz? Quem chama? Não percebo por que razão o livro está a estremecer.
Luisinha aproxima-se novamente do seu livro e, de repente…
Luisinha (atrapalhada): O que é que se passa? Como entrei aqui?
Cavalo esbugalhado (a rir-se): Ora esta, estás agora com tanto medo e andas sempre a viajar nestas páginas! Não percebo.
Bolt, o cão (dirigindo-se a Luisinha): Não tenhas medo, esta não é a nossa primeira viagem. Costumas chegar mais bem-disposta. Não te assustes com o pirata, já sabes que ele gosta de tudo à sua maneira
Pirata azarado (à procura): O sapito, onde está o sapito? Só nos falta ele para prosseguir a nossa jornada.
O sapo aparece mesmo por detrás do pirata azarado
Sapo: Estou aqui, já estava com saudades de estarmos todos juntos.
Pirata azarado (com voz firme, dirige-se à tripulação): Agora que já estamos todos reunidos já podemos prosseguir a nossa aventura.
Luisinha (mesmo sem perceber nada do que estava à sua volta): Todos reunidos, como assim? Vamos para onde? Porque é que o livro está a ondular?
Bolt, o cão e Cavalo esbugalhado (em coro): Calma princesa, reages sempre da mesma maneira, já sabes que o segredo reside sempre na mesma palavra, CONFIANÇA.
E partem na aventura…

Cena II
Luisinha está assustada, mas ao mesmo tempo, com o olhar fixo num balão que por ali andava, sente-se entusiasmada por partir ao suposto desconhecido
Pirata azarado: Ó rapariga, estás a olhar para onde? Não sabes que o teu lugar é ao leme deste livro? Daqui a nada as palavras misturam-se e não há quem se entenda.
Luisinha (gaguejando por estar assustada): sssssiimmm, sssiiimm, meu capitão é para já. Por acaso não posso ser substituída pelo Bolt ou pelo cavalo?
Bolt e o cavalo esbugalhado (em coro): Nada disso, estás-te a passar, depois as coisas correm mal e sobra para nós. Cada macaco no seu galho. Tu fazes o teu trabalho e nós fazemos o nosso.
O sapito olha para eles com se nada fosse e refugia-se dentro de um barril que se encontra no convés.
Luisinha: Mas, afinal, para onde é que eu dirijo esta geringonça?
Pirata azarado (irritado):Hoje não estás bem rapariga, então já te esqueceste para onde vamos e o que tanto procuramos? Com tanta distração ainda embatemos em algum recife.
Luisinha cada vez percebia menos do que se passava, sentia-se com muitas responsabilidades sem sequer saber como tinha ido ali parar. Começou a mexer no leme e instala-se um barulho ensurdecedor…
Luisinha: Mas o que é que se passa, não consigo ouvir para além deste barulho que me está a enlouquecer!!!!
Pirata azarado (furioso): Não consegues, como não? Foste tu que nos enfiaste nesta enrascada e agora não nos ouves.
A restante tripulação corre de um lado para o outro, como se não soubesse o que fazer. Todos pareciam perdidos, todos pareciam aterrorizados. Entretanto ouve-se uma voz doce, ao longe:
- Luisinha, Luisinha, acorda, está na hora de ira para a escola.
Luisinha (assarapantada): Escola, como assim escola? E o navio, e o pirata? E o livro desvairado?
Luisinha abre os olhos e vê o livro caído sobre o tapete azul. O livro está escancarado e as folhas parecem humedecidas, tal como o seu pijama do unicórnio. As ilustrações parecem assustadas.
Luisinha fica pasmada. Porque estava o seu pijama molhado com cheiro a mar? Porque parecia o livro pedir ajuda? Onde estava o pirata que tanto discutia? Luisinha amanhece na dúvida.
As luzes do quarto de Luisinha vão-se lentamente e, ao longe ouve-se o autocarro escolar a chegar.

Guilherme; Inês e Tiago – 8.º E


Esta história sai de um livro que estava em cima da mesa…
Personagens: sapo, pirata, menino.
A cena passa-se numa praia, junto ao mar, com um barco, perto de uma aldeia.
Um pirata chega num barco e atraca na praia, junto à sua aldeia. Lá está um menino à espera dele.
O pirata está vestido com calças curtas e remendadas. Tem um chapéu na cabeça, um olho tapado e traz uma espada na mão.
 Pirata (entra maldisposto e dirige-se ao menino) - Que estás a fazer aqui?!
(Um sapo entra em cena aos saltos) - Splach, Splach, Splach...
Sapo (feliz, dirige-se para o pirata) - Deixa-nos em paz!
Pirata (com voz grossa) - Venho ver o que se passa nesta aldeia! Ouvi dizer que aqui se portam mal!!! E que este rapaz tem partido vidros e destruído muitas coisas!!! Tem que ser castigado!
O pirata rapta o menino e tenta levá-lo para o barco.
Menino (o menino aflito, grita) - Deixa-me! Tira-me daqui! Eu prometo não fazer mais nada de mal!…
Pirata (vira-se para o menino, com a espada na mão) - Não voltes a fazer asneiras! Da próxima, não te desculpo!
O pirata deixa o menino e foram os dois a cavalo para a aldeia. Levaram o sapo com eles e foram para a festa, onde todos dançaram.
Final da cena

Rodrigo, 8.º D

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