segunda-feira, 4 de maio de 2020

Dicas para a utilização da plataforma Moodle

A Direção-Geral da Educação (DGE), em colaboração com a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP), construiu um tutorial de apoio à utilização da plataforma Moodle, plataforma escolhida pelo Agrupamento para disponibilizar metodologias de ensino a distância, de forma a dar continuidade aos processos de ensino e aprendizagem.
Para aceder ao documento basta clicar na imagem.

Boa semana!

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Desenhar a poesia

Na segunda tarefa semanal, os alunos do 8.º D e 8.º E tiveram como missão desenhar um poema. Depois de muitas dúvidas esclarecidas, lá forma chegando os trabalhos. Como a tecnologia falha e não é perfeita, foram escolhidos aqueles cuja imagem apresenta mais resolução. Isto não significa que os outros trabalhos não tivessem qualidade em termos de conteúdo/imagem. Infelizmente, apenas demonstra as falhas deste sistema…
Ressalvo que esse facto  não prejudica nem minimiza o trabalho e esforço de cada um dos que participaram, pelo contrário, engrandece-o porque fizeram o seu melhor!
(Tenho que abrir uma exceção e dar os parabéns, em particular, ao nosso “cozinheiro” que fez os seus bolinhos com muito carinho. Desta vez só os vimos, mas quando regressarmos queremos provar, Rodrigo!)
Parabéns, meninos!!

Como diz o nosso Pessoa,

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas.
Um dia vou construir um castelo..."

                                                                                                   Fernando Pessoa

Um bom descanso para todos!

Ana Balula

Parabéns a todos os alunos e à professora Ana Balula pelo trabalho e dedicação!



quarta-feira, 29 de abril de 2020

Sugestão de leitura (29-04-2020)


Encantamentos

- Para que serve a poesia? Esta é uma daquelas questões que, cedo ou tarde, todos os poetas enfrentam. A resposta mais frequente, mais falha de imaginação e de verdade, assegura que a poesia não serve para nada. Alguns poetas, em especial os portugueses, acrescentam a seguir que também a vida não serve para nada, etc. […]
Na origem, a poesia era uma disciplina da magia. Servia para encantar. Continua a ser assim, embora, no sentido literal, poucas pessoas ainda exercitem essa antiquíssima arte. Uma tarde, em Benguela conheci uma das derradeiras praticantes. Almoçava com amigos, e amigos de amigos, num desses quintalões antigos, carregados de frutos, e de boa sombra, da cidade das acácias rubras. A determinada altura escutei um sujeito que se referiu a uma tal Dona Aurora:
 - A velha receita poesias.
- Recita - corrigi. O homem, um oficial do exército, encarou-me, irritado: 
- Não senhor! Receita! Dona Aurora receita poesias. Resolve problemas de amor, amarrações, mau-olhado, tudo com versinhos. 
Fiquei interessado. Anotei o endereço da curandeira num guardanapo e na manhã seguinte bati-lhe à porta. Dona Aurora morava na Restinga, num casarão, em madeira, muito maltratado. A velha senhora, miúda, muito magra, vestia de cor-de-rosa. Toda a sua força parecia residir na cabeleira, a qual mantinha uma vigorosa rebeldia juvenil. Convidou-me a entrar. Móveis dos anos 50, muito gastos. Estantes carregadas de livros velhos. Aproximei-me. Poesia, e mais poesia: Florbela, Camões, Vinícius, José Régio, Sophia, Drummond, Manuel Bandeira, tudo misturado, num bem-aventurado desrespeito a fronteiras políticas, estéticas e ideológicas. «O meu marido sempre gostou de poesia», justificou-se: «Eu, menos. Foi só depois de ele morrer, há 30 anos, que descobri o poder dos versos.» 
Acontecera um pouco por acaso - contou. Uma tarde deu-se conta de que certos sonetos parnasianos (os mais trabalhosos) a ajudavam a vencer a insónia. Mais tarde, que João Cabral de Melo Neto, a partir de «O cão sem plumas», era muito eficaz no combate à cefaleia. Pouco a pouco foi desenvolvendo um método. Combatia a prisão de ventre lendo alto a Sagrada Esperança. Mantinha o quintal livre de ervas daninhas, percorrendo-o, ao crepúsculo, enquanto soprava devagar «O guardador de rebanhos».
Numa cidade pequena não tardou que tais excentricidades lhe trouxessem, primeiro inimigos, e depois devotos seguidores e pacientes. Hoje, ela recebe a todos, ricos e pobres, na sala onde me recebeu a mim.
Ouve as suas queixas, levanta-se, percorre as estantes, e regressa com a solução. «Quem me procura mais são mulheres querendo reconquistar o coração dos maridos. Recomendo que lhes murmurem, enquanto dormem, algum Neruda, às vezes Camões, outras Bocage.» 
Dona Aurora não aceita dinheiro pelos serviços prestados. «Não sou eu quem cura», explicou-me, «é a poesia».

José Eduardo Agualusa (revista Ler nº 113, maio 212)

terça-feira, 28 de abril de 2020

E@D no Jardim de Infância de Lustosa

Hoje partilhamos um exemplo de uma boa prática, nesta nova fase digital, onde o ensino passou a ser à distância. Os alunos do JI de Lustosa acolheram e realizaram com muito entusiasmo duas atividades propostas pela educadora Adelaide Oliveira que se basearam num jogo sobre a história “O Cuquedo”, o qual foi concedido com recurso à ferramenta forms do office, e um PowerPoint personalizado com a experiência “A casca do ovo”. Neste PowerPoint, as crianças receberam todas as instruções, através de uma gravação áudio da educadora, para realizar uma atividade de ensino experimental.
Através das diferentes ferramentas digitais é também possível o desenvolvimento da literacia da leitura e da literacia científica.
Nesta fase tão excecional só podemos reconhecer que estas iniciativas permitem aproximar alunos e docentes, mesmo em E@D, promovem diferentes abordagens e facilitam a aprendizagem.

Muitos parabéns à docente e aos alunos pelo trabalho desenvolvido. 

Questionário 



 
 


PowerPoint        








segunda-feira, 27 de abril de 2020

sábado, 25 de abril de 2020

O 25 de abril pelos olhos do 8.º D


Hoje comemora-se o 25 de abril, conhecido como o Dia da Liberdade em Portugal e o dia da Revolução dos Cravos. Neste feriado nacional relembra-se a importância da liberdade no país. Na disciplina de EMRC os alunos, da professora Paula Rocha, foram convidados a escrever um acróstico que tinha como mote a palavra “Liberdade” e respetiva ilustração.

Pela importância da data, pela valorização do trabalho realizado em tempos de quarentena e pela qualidade das tarefas, partilhamos os acrósticos e ilustrações da Lara e a Camila do 8.º D. Trata-se de uma amostra de todo o trabalho realizado.

Parabéns às autoras e a todos os colegas que se empenharam e à professora Paula Rocha pelo excelente trabalho e partilha! 



Bom feriado e bom fim de semana!





quinta-feira, 23 de abril de 2020

Tarefa de português - 8.º D e 8.º E


Na primeira tarefa de português pedida aos alunos das turmas 8º D e E da Escola Básica Dr. Azeredo Perdigão, a professora solicitou aos seus discentes que lhe enviassem um verso.
Foi-lhes disponibilizado um mote:
Todos os dias nascem novos dias,/ nascem novas manhãs…”. A partir deste mote, os alunos deram continuidade à ideia inicial.
Deste modo, e depois de recolher os versos enviados por e-mail, surgiram dois belíssimos poemas que devem ser partilhados com toda a comunidade escolar.
Foi um trabalho de partilha, que teve como principal objetivo levar/motivar os alunos a participar nas atividades escolares sem esquecerem que, nestes tempos descabidos, continuamos a poder partilhar e a trabalhar em conjunto. Precisamos de continuar a viver, conviver e sobreviver.
Precisamos de insistir? Sim!
De persistir? Também!
Mas, “Chegamos a um ponto da nossa vida em que já não temos pressa de provar absolutamente nada a ninguém a não ser a nós mesmos!”
Deste modo, a professora dá os Parabéns aos seus alunos pelo excelente trabalho que realizaram.
Ana Balula

A biblioteca escolar acolhe com muito entusiasmo esta fantástica iniciativa. Hoje assinala-se o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor. Portanto, parabéns aos autores: professora Ana Balula e todos os alunos do 8.º D e E, pelo excelente trabalho e partilha!  

Poemas:

Turma 8º D
Todos os dias nascem novos dias,
Nascem novas manhãs….

Enfrentamos novos obstáculos da nossa “nova” vida…
Repõem-se energias
nas manhãs que se iluminam e que nos iluminam.

Nascem novos desafios, novas conquistas,
Manhãs com pássaros a cantar,
com novas ondas no mar.
Novas oportunidades para ser feliz,
para poder abraçar,
a nova cidade.
Novas oportunidades para melhorar,
para aprender.
Nascem novas esperanças.

Mas também nascem novos conflitos.
E
Todos os dias o sol se põe.
E
Nascem novas noites,
e
só temos uma hipótese de fazer tudo certo e para salvar o mundo.
Todos os dias nascem novas oportunidades.

Todos os dias nascem novas alegrias com diferentes cores, tipos e manias.


Turma 8ºE
Todos os dias nascem novas dias,
Nascem novas manhãs….
Novos sorrisos,
Novas alegrias,
Novas oportunidades,
Novos desafios,
Novas esperanças nas novas manhãs,
Todos os dias nascem oportunidades de viver novas aventuras,
Nascem manhãs de esperança que ficarão para sempre na nossa lembrança.

Mas o tempo é incerto,
É um desafio constante
E sinto-me perdido, também
Porque a vontade de falar, partilhar, rebenta dentro de mim.
Contudo,
De manhã desperta a vida,
os dias são belos e procuram-se novas oportunidades,
Procuram-se novas manhãs e renovam-se as novas esperanças.

Todos dias nascem novas noites,
nasce uma noite escura e clara
Para dar lugar às novas manhãs…
E, sobretudo, a um novo EU.
 

domingo, 19 de abril de 2020

A Biblioteca Escolar desafia-te… - 25 de abril

Para assinalar o 25 de abril, a Biblioteca Escolar selecionou um vídeo da RTP, um artigo do site RTP Ensina, onde também poderás testar o teu conhecimento, e preparou um Challenge no Kahoot! sobre esta temática. Descobre mais sobre este momento histórico, atreve-te a participar neste desafio e encontra mais informação sobre esta Revolução de Abril!  




Para acederem ao desafio terão de descarregar a aplicação Kahoot para o telemóvel ou tablet. Para isso, terão de aceder à Apple Store ou Play Store e instalar a aplicação (Kahoot). Depois basta colocar este Challenge Pin (02558916) e responder às questões. Quanto ao vosso Nickname, terão de colocar o ano, turma e número (por exemplo, se forem o número 1, do 5.ºA (EB Azeredo Perdigão), o vosso Nickname será 5A1; se forem o número 1, do 5.ºAD (EB D. Duarte), o vosso Nickname será 5AD1). 

Também poderão aceder a este desafio através do seguinte link: 


Convidamos-te ainda a ler “A fábula dos feijões cinzentos”, uma fábula em que os personagens são feijões de diversas variedades, de acordo com as características humanas de figuras do tempo do Estado Novo. Nesta história ficas a saber o que foi a ditadura vivida pelos portugueses durante 48 anos e da liberdade trazida pela revolução dos cravos do 25 de abril de 1974.


Por último, seguem algumas sugestões poéticas.

As Portas que abril abriu
«Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
(...)
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.
(...)
Foi então que abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.
(...)
Foi esta força viril
de antes de quebrar que torcer
que em vinte e cinco de abril
fez Portugal renascer.
E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.»

 in SANTOS, Ary dos. - As Portas que Abril Abriu. Lisboa, 1975. (Texto com supressões)


Seleção de poemas de antigos alunos da docente Elisa Rodrigues. 

O 25 de Abril – Poema de Tiago Santos (EB D. Duarte)
Cravos e rosas a pairar,               
Os tanques todos estacionados.                                          
Milhares de mulheres comovidas,
Atrás de seus homens e filhos armados.

O Regime caiu,           
Depois de ecoar a voz de Zeca,                      
Foi a chuva intensa,
Depois de anos de seca.                                                                                                                                     
Mas a revolução permaneceu,  
Depois dos soldados terem feito a teia,      
Foi mais um episódio,      
Para alimentar a Epopeia.

Os Lusíadas e a Odisseia,        
Ficaram para a história,     
Mas como os portugueses lutaram,  
É que nos ficará para sempre na memória.                          

Depois de anos de Salazar,            
Depois de meses e meses de Caetano
O povo gritava de alegria,  
Em tons belos, de piano.

Depois do Inverno rígido,        
O Verão finalmente começou,      
Começou a democracia, 
E o regime finalmente acabou.

Depois dos seus superiores terem caído,
A PIDE acabou,    
Foram julgados os chefes,
Que tantos portugueses mutilaram.

Finalmente liberdade,          
Liberdade para amar,  
Devemos agradecer aos antigos,                                                                  
Nossa vontade de sonhar.

O Dia da Liberdade - Poema de Inês Carvalho (EB D. Duarte)                                                                       
Na madrugada ouve-se na rádio,
O que está a acontecer
Saem os soldados à rua
Para a luta vencer.

A Grândola ecoa no momento,
Zeca Afonso faz-se ouvir
As pessoas emocionadas,
Só pensam à rua sair.

Na rua vive-se a alegria,
A emoção e a paixão
Tudo junto em família,
Com amor no coração.

Os cravos invadem a rua,
Para as espingardas enfeitar
Até a criança ajuda,
A liberdade a anunciar.

O povo português está feliz,
Pelo golpe militar
Tudo isto deu trabalho,
Para com a censura acabar.

Abril – Poema de Pedro Baptista (EB D. Duarte)
No vigésimo quinto de Abril
Mais de mil cravos voaram
O povo saiu à rua
Pela liberdade ansiavam

Reinava a Censura e a Opressão
No país de Camões e de Pessoa
O povo lutou e deu-se a revolução
E ainda hoje nas nossas mentes esse dia ecoa

Foi um dia de conquista
De vitória
Naquele dia todos juntos
Fizemos História

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Luis Sepúlveda

Luis Sepúlveda nasceu em Ovalle, no Chile, a 4 de outubro de 1949 e morreu hoje, 16 de abril de 2020, em Oviedo, Espanha.
Como escritor, arrecadou o Prémio Casa das Américas, os prémios Gabriela Mistral/Poesia, em 1976, Rómulo Galegos/Novela, em 1978, Tigre Juan/Novela em 1988, o de Contos "La Felguera", em 1990, e o Prémio Primavera/Romance, em 2009. Em 2016, recebeu o Prémio Eduardo Lourenço.
Luís Sepúlveda vendeu mais de 18 milhões de exemplares em todo o mundo e as suas obras estão traduzidas em mais de 60 idiomas. 
Hoje ficámos mais pobres... 

Divulgamos três obras que se tornaram um sucesso entre os jovens.


História de um gato e de um rato que se tornaram amigos

Baseado num episódio da vida de um dos filhos de Luis Sepúlveda, a História de um gato e de um rato que se tornaram amigos oferece-nos uma vez mais uma fábula singela e divertida sobre o verdadeiro valor da amizade.





História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar

A história da Gaivota e do Gato que a ensinou a voar é uma obra que representa os princípios básicos da convivência humana. Nesta narrativa magnífica, pautada por valores, retrata uma amizade improvável e a importância de cumprir promessas. Fala de animais, mas acima de tudo fala da Humanidade, numa reflexão-espelho que não pretende sentenciar, mas apenas alertar.


O velho que lia romances de amor

É um livro simples que nos mostra um pouco da vida solitária de um "Velho que lia romances de amor". Antonio José Bolívar Proaño vive em El Idilio, um lugar remoto na região da Amazónia onde viviam os índios shuar. Antonio aprendeu com eles a conhecer a selva e as suas leis, a respeitar os animais que a povoam, mas também a caçar e descobrir os trilhos mais indecifráveis.




“Só voa quem se atreve a fazê-lo.”