quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Leitur@s de outono

O outono começou a 22 de setembro e terminará a 21 de dezembro. Nesta estação que coincide praticamente com o início das aulas, deixamos algumas sugestões de leitura disponíveis nas bibliotecas escolares.


Livro de poesia sobre o outono. 



SINOPSE

«Chamaram-lhe alguns, a obra-prima do autor. E num prefácio que andou durante muito tempo colado ao seu "Arranca-Corações", Raymond Queneau não hesitava perante o rótulo hierarquizante e audacioso: "o mais pungente dos romances de amor contemporâneos".»



 SINOPSE

Quando vem o Outono, o Poeta costuma dizer:

- Gosto de fechar os olhos e ouvir um piano a tocar na casa isolada e abandonada que é o meu espírito.

- A mim, o Outono faz-me lembrar um lagarto que rasteja no meio das folhas caídas e não se cansa de as pintar com os seus lápis de cor - dizia a Criança que a cada passo se encontrava com o Poeta para conversar e olhar a chegada do Outono.




SINOPSE

Quando os revolucionários entram no enorme palácio em ruínas encontram o corpo do ditador em decomposição numa emaranhada anarquia onde se misturam o passado e o presente. Um presente já perdido e desfeito, um passado de uma riqueza inimaginável num palácio pejado de ministros, guarda-costas e criados que mantinham o ditador precariamente equilibrado no poder, e também uma imensidão de mulheres e crianças e um sósia cuja perfeição provocava graves crises de identidade em ambos.

A atmosfera é de sonho, mesmo de pesadelo, real, vibrante e sensualmente exata, ao mesmo tempo vaga e inacreditável. Um romance extraordinário, uma escrita densa, rica e brilhante por um dos mais originais e dotados escritores do nosso tempo.



SINOPSE

Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 2.º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada.

É um livro com atividades pré-escolares e textos em verso, totalmente ilustrado. As atividades são mais do que muitas, mas não implicam escrever ou pintar no livro.



SINOPSE

Num belo dia de Outono o Sapo encontra um ursinho perdido na floresta e leva-o para casa para ser seu amigo. A Lebre diz-lhe que o ursinho é um brinquedo que nem sequer sabe falar, mas o Sapo diz que o vai ensinar. E, para grande surpresa dos outros animais, o urso aprende mesmo! Andam sempre juntos e são grandes amigos. Mas um dia o Ursinho diz que se vai embora. O Sapo fica inconsolável. Será que o Ursinho nunca mais volta?


SINOPSE

O Pipim, a Nicas e os pais foram passar um fim-de-semana à casa de campo. Como o percurso era bastante longo, o pai foi -lhes falando sobre as estações do ano: a Primavera, o Verão, o Outono e o Inverno. Através de histórias maravilhosamente ilustradas, é dado a conhecer aos mais novos o que caracteriza cada uma das estações do ano de uma forma lúdica. Parte com o Pipim e os seus amigos à descoberta de um maravilhoso mundo de aventuras, cheio de alegria, amizade e brincadeiras. Um mundo de muitas cores, traçado com delicadeza e ternura, onde tudo é possível.



SINOPSE

Tal como Marco Polo, no último parágrafo de As Cidade Invisíveis (Italo Calvino), o autor de A Cor das Faias submerge na ideia de que o Inferno, os Infernos, não são coisa do futuro nem dos mortos. Bem pelo contrário, estão aqui e agora, entre nós, no mundo dos vivos. Neles se enredam as personagens do romance. Nesta obra, o Inferno materializa-se no mundo rural, num ermo remoto e isolado, perto e longe ao mesmo tempo de tudo e de todos. Para isso, a família de Bráulio, de Fini e dos seus numerosos filhos, tendo ficado sozinhos como únicos moradores da aldeia de La Loma, acabam por constituir um microcosmo no qual se desenrolará (como no eterno campo de batalha) a luta encarniçada entre as forças primígenas da vida e o amor, e a morte, e o ódio, e a força do sangue, e o destino, e a paixão, e a vingança… 

Boas leituras!

sábado, 26 de setembro de 2020

Dia Europeu das Línguas

Hoje assinala-se o Dia Europeu das Línguas. Convidamos toda a comunidade a comemorar a data com uma leitura, a visualização de um filme ou um documentário, a audição de uma música, a criação de um texto... 

Basta que a multiculturalidade se misture e nos proporcione um momento de prazer.

Mais informação disponível clicando nas imagens.




sábado, 19 de setembro de 2020

Recomendações muito importantes!

As BE do Agrupamento desejam a toda a comunidade educativa um bom ano letivo!

Deixamos aqui algumas recomendações para que, face à evolução da pandemia, tudo possa correr pelo melhor!

Vamos cuidar de nós e de todos os que nos rodeiam. 



domingo, 6 de setembro de 2020

Bom regresso!

Bom regresso a toda a comunidade! 
Num ano tão atípico deixamos algumas informações úteis sobre o Coronavírus (Covid-19). 
Vamos todos fazer a nossa parte. 



COVID-19: animação produzida pela UNICEF sobre a importância de se usar máscara from Pavilhão do Conhecimento on Vimeo.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Renovações De Matrícula Automáticas Para Todos os Anos Excepto 1º, 5º E 7º Anos


Por forma a tornar mais ágil o processo de matrículas, informo V. Exa. que as renovações de matrícula (EPE, 2.º, 3.º, 4.º, 6.º, 8.º, 9.º, 11.º, 12.º) passam, a partir do dia de hoje, a processar-se de forma automática, nos mesmos termos em que acontecia no ano letivo transato, com exceção de transferências de estabelecimento.

Neste contexto, importa acautelar os seguintes aspetos:

As escolas deverão assegurar-se que os Encarregados de Educação são informados pelo meio mais célere de que as renovações de matrícula passam, a partir do dia de hoje, a processar-se de forma automática, nos mesmos termos em que acontecia no ano letivo transato (esta informação será também disponibilizada através do Portal das Matrículas);

Para os alunos cujos Encarregados de Educação tenham já procedido a submissão de renovação no Portal das Matrículas, não são necessárias mais diligências, uma vez que os AE/ENA já dispõem de toda a informação e o processo está completo;

As escolas devem, nos termos do ponto 1 e no contexto da informação prestada aos Encarregados de Educação, definir forma e prazos para, oportunamente:

– recolher consentimento relativo à proteção de dados pessoais;
– apurar as opções relativas a AEC (1.º ciclo) e EMRC, bem como às disciplinas anuais de opção de 12.º ano;
– identificar as necessidades de transporte escolar;
– recolher declaração da Segurança Social para efeitos de identificação da situação de beneficiário de ASE.

Dado o atual contexto de pandemia, todos estes procedimentos devem ser realizados, preferencialmente, através de meios digitais, evitando-se, por esta via, a necessidade de deslocação à escola por parte dos Encarregados de Educação;

Todos os anos de início de ciclo, bem como as transferências, têm obrigatoriamente de continuar a tramitar no Portal das Matrículas.

João Miguel dos Santos Gonçalves

Diretor-Geral dos Estabelecimentos Escolares



Renovações automáticas de matrículas

As renovações de matrícula para os 2.º, 3.º, 4.º, 6.º, 8.º, 9.º, 11.º e 12.º anos passam a processar-se de forma automática, com exceção das transferências de estabelecimento de ensino.
Todos os anos de início de ciclo – 5.º, 7.º e 10.º anos –, bem como as transferências, continuarão a ser tramitadas no Portal das Matrículas.
Apesar de vários dias em que foram ultrapassadas as 100 mil matrículas diárias, e de já terem sido concluídas cerca de 70% do total, este procedimento vem aliviar o fluxo do Portal das Matrículas e, por conseguinte, poder melhorar a acessibilidade da página, para quem tenha de efetuar a matrícula por essa via.
Além do fluxo de acessos, associado a páginas conexas ao Portal das Matrículas que estiveram em baixo, registaram-se ataques informáticos de elevada complexidade, que estão a ser acompanhados pelo Centro Nacional de Cibersegurança, e que provocaram graves bloqueios no sistema.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Projeto Digital Learning em E@D – WordClouds (9.ºCD)


Inserido no “Referencial Aprender com a Biblioteca Escolar”, os alunos do 9.ºCD, na disciplina de Inglês lecionada pela professora Raquel Sequeira, foram desafiados a produzir nuvens de palavras tendo em conta a unidade temática “Teens’ lives”. Numa das aulas síncronas os alunos aprenderam a trabalhar com a ferramenta WordArt e individualmente selecionaram palavras e produziram as respetivas nuvens de palavras. Esta atividade permitiu não só o desenvolvimento da literacia tecnológica e digital, o desenvolvimento do vocabulário em língua inglesa e o desenvolvimento das áreas de competência inseridas no perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória. 
Os alunos mostraram-se muito empenhados e criativos na elaboração das nuvens de palavras.

Parabéns à professora Raquel e aos alunos pelos trabalhos produzidos.

Seguem os trabalhos produzidos que foram publicados num mural digital do Padlet


quarta-feira, 24 de junho de 2020

Os Santos Populares em E@D

No âmbito da temática dos Santos Populares, os alunos de Educação Moral e Religiosa Católica foram convidados a realizar trabalhos sobre os santos comemorados em Portugal durante o mês de junho. 
A professora Paula Rocha propôs não só a ilustração de imagens alusivas, mas também a elaboração de quadras e a realização de trabalhos com recurso a diferentes materiais. 
Muitos parabéns à professora Paula e a todos os alunos pelos trabalhos realizados, pela motivação e dedicação manifestadas e pela partilha. 

É com muito prazer que hoje, Dia de São João, divulgamos alguns dos muitos trabalhos realizados pelos alunos de EMRC. 


segunda-feira, 22 de junho de 2020

Mia Couto


Biografia

Mia Couto, pseudónimo de António Emílio Leite Couto – nasceu na Beira cidade capital da província de Sofala, em Moçambique – África, em 5 de julho de 1955 e é um escritor e biólogo moçambicano.

Alguma bibliografia

Contos
Nos meados dos anos 80, Mia Couto estreou-se nos contos e numa nova maneira de falar - ou "falinventar" - português, que continua a ser o seu "ex-libris". Nesta categoria de contos publicou:
Vozes Anoitecidas (1.ª ed. da Associação dos Escritores Moçambicanos, em 1986; 1ª ed. Caminho, em 1987; 8ª ed. em 2006; Grande Prémio da Ficção Narrativa em 1990, ex aequo).
Cada Homem é uma Raça (1ª. ed. da Caminho em 1990; 9ª ed., 2005)

Crónicas
Para além disso, publicou em livros algumas das suas crónicas, que continuam a ser coluna num dos semanários publicados em Maputo, capital de Moçambique.
Cronicando (1.ª ed. em 1988; 1.ª ed. da Caminho em 1991; 7ª ed. em 2003; Prémio Nacional de Jornalismo Areosa Pena, em 1989).

Romances
E, naturalmente, não deixou de lado o género romance, tendo publicado as obras:
Mar Me Quer (1.ª ed. Parque EXPO/NJIRA em 1998, como contribuição para o pavilhão de Moçambique na Exposição Mundial EXPO '98 em Lisboa; 1ª ed. da Caminho em 2000; 8ª ed. em 2004).  


quinta-feira, 18 de junho de 2020

Sugestão de leitura (18-06-2020)



Jean Perdu é proprietário de um negócio tão especial quanto extraordinário: a Farmácia Literária, uma livraria instalada num barco atracado no rio Sena, em Paris. Ao invés de vender medicamentos, receita livros como remédio para os males da alma. Porém, embora saiba aliviar a dor dos outros, não consegue atenuar a sua própria dor.”

Hoje a Biblioteca Escolar decidiu partilhar um excerto do livro O Livreiro de Paris, de Nina George, que nos conta a história de um proprietário de uma farmácia muito especial e que nos faz viajar através dos livros e pelo poder que estes têm.

“…- Não - voltou a dizer Monsieur Perdu, na manhã seguinte. - Este livro, prefiro não lho vender. 
            Cuidadosamente, tirou A Noite das mãos da cliente. De todos os romances do seu barco-livraria, chamado Farmácia Literária, ela tivera logo que escolher o malfadado bestseller de Maximilian, aliás Max Jordan. O dono das orelheiras do terceiro andar da Rue Montagnard. 
            A cliente olhava agora para o livreiro com um ar perplexo. 
            - Mas porquê? 
            - Max Jordan não combina consigo.    
            - Max Jordan não combina comigo?
            - Exato. Não faz o seu género. 
            - O meu género. Ha-ha! Peço desculpa, mas permita-me que lhe digaque vim ao seu barco-livraria à procura de um livro. E não de um marido, mon cher Monsieur.        
            - Com todo o respeito: o que a senhora lê é, a longo prazo, mais decisivo do que o homem com quem casa, ma chère Madame.  
            Ela olhou para ele com os olhos semicerrados. 
- Dê-me o livro, guarde o dinheiro e podemos os dois fingir que está um belo dia. 
- Mas hoje está um belo dia, amanhã provavelmente começa o verão, mas, este livro, não o vai levar. Não serei eu a vender-lho. Posso sugerir-lhe , pois pode alguns outros?
- Ah? Para me convencer a levar um clássico velhíssimo, porque não tem paciência para o atirar pela borda fora, pois pode envenenar os peixes? - Tinha começado num tom baixo, que foi sempre aumentando.    
- Livros não são ovos. Só porque um livro já tem uns quantos anos não significa que fica fora do prazo de validade. - O tom de Monsieur Perdu também se tornou mais cortante. - E além disso, o que é que significa velho? A idade não é uma doença. Todos envelhecemos, também os livros. Mas será que a senhora, seja quem for, tem menos valor, menos importância, só porque já está há algum tempo neste mundo? 
- É ridículo como está a distorcer as coisas só porque acha que não mereço essa porcaria de A Noite
A cliente - ou melhor: a não-cliente - atirou o porta-moedas para dentro da mala cara, correu o fecho-éclair, mas este encravou. 
Perdu sentiu algo crescer dentro de si. Um sentimento selvagem, de fúria, tensão - só que, claro, nada tinha nada a ver com aquela mulher. Mesmo assim não conseguiu manter a boca fechada. Foi atrás dela, enquanto ela percorria o interior do barco com uma passada pesada e furiosa e gritou por entre estantes na luz de crepúsculo: 
- A escolha é sua Madame! Pode ir-se embora e cuspir-me em cima. Ou então pode, a partir deste preciso momento, evitar mil horas de futuro sofrimento. 
- Muito agradecida, acho que já tomei a minha decisão. 
- Ao entregar-se à proteção dos livros, em vez de se perder nas relações com homens, que de uma maneira ou outra a subestimam, ou nas loucuras das dietas estúpidas, porque para um homem não é suficientemente magra e para outro não é suficientemente inteligente. 
Ela estacou em frente das grandes janelas que davam para o Sena e olhou para Perdu com um olhar faiscante. 
- Como é que se atreve!
- Os livros protegem-na da estupidez. De falsas esperanças. De homens falsos. Revestem-na de amor, força e sabedoria. É vida por dentro. Agora escolha. Livro ou…   
Antes que pudesse terminar a frase, passou por eles um vapor turístico. Junto à balaustrada, um grupo de chineses por baixo de guarda-chuvas. Começaram a fotografar intensamente quando viram a famosa farmácia literária flutuante de Paris. O navio a vapor lançou dunas de água esverdeadas contra a margem, o barco-livraria oscilou. 
A cliente cambaleou em cima dos seus chiques saltos altos. Mas em vez de lhe estender a mão, Perdu estendeu-lhe A Elegância do Ouriço
Por reflexo, ela deitou a mão ao livro e agarrou-se a ele. 
Perdu não o largou, enquanto, já num tom tranquilizador e não muito alto, falava para a desconhecida. 
- Precisava de um quarto só para si. Não demasiado luminoso, com uma gatinha nova para lhe fazer companhia. E este livro, que fará o favor de ler com calma. Para que possa descansar entre a leitura. Vai refletir muito e provavelmente também vai chorar. Por si. Pelos anos. Mas depois vai sentir-se melhor. Vai perceber que não tem de morrer agora, mesmo que sinta isso, depois de o tipo não ter sido decente. E vai voltar a gostar de si própria e deixar de se sentir feia e ingénua. 
Só depois de dar aquelas instruções é que largou o livro. 
A cliente fitou-o. O susto estampado no seu olhar indicou-lhe que tinha acertado. Com bastante precisão. 
Ela deixou então cair o livro. 
- Você está completamente louco - sussurrou, rodopiou sobre os saltos e saiu disparada, atravessando o interior do barco até ao cais.”         

Excerto do livro O Livreiro de Paris, de Nina George.  

Boas Leituras!

terça-feira, 16 de junho de 2020

Francês em E@D


Hoje, partilhamos, com toda a comunidade, os trabalhos realizados pelas turmas da docente Ana Paula Vila Maior, na disciplina de Francês.  
Parabéns à professora Ana Paula e a todos os alunos pelo interesse, empenho, motivação, dedicação e trabalho.  

Ao 9.º AD e ao 9.ºCD, foi pedido, na semana de 8 a 12 de junho, que fizessem um trabalho de grupo na disciplina de Francês.
No âmbito do estudo da Ecologia, os alunos tinham de apresentar as causas e responsabilidades, os impactos sobre a saúde, a prevenção e soluções para cada tipo de poluição.
Para além de reconhecerem a importância do meio ambiente através da língua francesa, os alunos tiveram de utilizar diferentes formas de comunicação, planear e realizar um trabalho de grupo à distância.
O produto das reflexões concertadas online foi colocado pelos próprios alunos num Padlet dedicado ao assunto, com resultados de excelente qualidade.
Os alunos estão de parabéns, não só pela qualidade do seu trabalho, mas também por terem sabido trabalhar em grupo, cada um na sua casa, utilizando, com autonomia, recursos tecnológicos.

Trabalhos do 9.º AD


Feito com Padlet


Trabalhos do 9.º CD 


Feito com Padlet

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Luísa Ducla Soares: meio século de vida literária



A escritora Luísa Ducla Soares, 80 anos, está a cumprir meio século de vida literária, resguardada em casa, por causa da covid-19. Sem celebrações públicas, aproveita para escrever, quase sempre a pensar nos mais novos.

A escritora, uma das mais acarinhadas e prolíficas autoras de literatura para a infância, publicou na semana passada o primeiro livro de memórias, que é dirigido aos leitores, novos e de gerações anteriores, que a acompanham nestes 50 anos. 
"Nunca tinha escrito nada sobre mim própria. Já estou farta de me aturar, desde que acordo até que me deito sei tudo sobre mim, por isso prefiro escrever sobre outras coisas", afirma, em entrevista à agência Lusa. 
A convite da Porto Editora, repensou o que foram os seus 80 anos e escreveu "Luísa - As histórias da minha vida", que foi editado, com ilustrações, fotografias, pequenos episódios biográficos e recordações da família. 
"Fez-me repensar, ver a minha vida como um filme e pensá-la para os mais novos. Eu própria fiz uma avaliação de muita coisa. Foi interessante e triste. Quando se chega a esta idade, pensa-se que se podia ter feito isto ou aquilo da vida. Há sempre encruzilhadas por onde decidir", afirmou. 
Os 50 anos de vida literária de Luísa Ducla Soares são contados a partir da estreia literária, com o livro de poesia "Contrato", de 1970. Atualmente "esgotadíssimo", este não é um livro para crianças, reúne poemas que escreveu por essa época, antes dos trinta, refletindo ainda a vida universitária, as lutas estudantis. 
O primeiro livro para crianças só surgiria dois anos, em 1972, com "História da papoila", que lhe valeu Grande Prémio da Literatura Infantil, e que recusou por razões políticas e ideológicas. 
As encruzilhadas de que fala, passaram, por exemplo, pelo escritor José Saramago, então editor da Editorial Estúdios Cor, que a incentivou a escrever mais histórias para crianças. 
Outras encruzilhadas são relembradas no livro de memórias, como o dia em que foi presa pela PIDE, a polícia política da ditadura, por ter participado numa manifestação estudantil, ou a experiência traumática da morte de um dos filhos. 
Hoje Luísa Ducla Soares tem mais de 180 livros para os mais novos, entre contos, lengalengas, poesia, trava-línguas, que versam sobre a vida das crianças. Estão marcados pelo tempo em que foram publicados e, ao mesmo tempo, vão beber à literatura tradicional. 
"Sinto-me bem comigo própria a escrever para crianças", reconheceu. 
Apesar do ofício literário, Luísa Ducla Soares trabalhou na imprensa, foi tradutora, passou pelo Ministério da Educação e esteve 30 anos na Biblioteca Nacional, onde teve oportunidade de aprofundar esse vigor da leitura e da literatura, que transpôs para a escrita. 
"Ganhei anos a conhecer a literatura tradicional portuguesa. E isso é importante, porque, através da literatura tradicional, cruzando com certas experiências do surrealismo, do neorrealismo, podemos fazer coisas originais com as crianças. (...) [A literatura infantil] não é dedicada a atrasados mentais nem a parvos. A literatura infantil deve despertar nas crianças o gosto por aquilo que é bonito, que é belo, que tem determinados valores, por aquilo que tem humor e que soa maravilhosamente", defendeu. 
Luísa Ducla Soares, quase a cumprir 81 anos, está, por enquanto, afastada das atividades públicas, por causa da covid-19. 
As atividades em bibliotecas e escolas, os encontros com leitores têm sido colmatados ocasionalmente de forma virtual, através da Internet, mas o tempo é passado sobretudo a escrever. 
Luísa Ducla Soares, um dos raros nomes da literatura para a infância ainda ativos desde antes do 25 de Abril de 1974, está atualmente a trabalhar em poemas a partir da peça musical "O carnaval dos animais", de Camille Saint-Saens, e tem andado a mexer nos arquivos, onde estão várias histórias a repousar, a “demolhar”. 
"Tenho imensas histórias por editar, mas teria de as reler e de lhes dar uma voltinha. Sabe, os textos literários são um bocadinho como o bacalhau, devem secar para ficarem bem. E depois de estarem secos vai-se ver como é que aquilo ficou. Nessa altura já não somos o criador do texto, somos o leitor, e já vemos de uma maneira diversa", comparou. 

Disponível em:
https://www.rtp.pt/noticias/cultura/escritora-luisa-ducla-soares-cumpre-50-anos-de-vida-literaria-com-livro-de-memorias_n1236111 

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Liberdade: “ler é maçada/estudar é nada”

Numa das tarefas em E@D, a professora Elisa Rodrigues lançou aos alunos do 9.ºBD, o desafio de que, a partir do poema Liberdade: “ler é maçada/estudar é nada”, de Fernando Pessoa, contrariassem esses versos e tentassem convencer outros jovens para a importância da leitura e do estudo.

Parabéns à professora Elisa e a todos os alunos pelo trabalho, empenho, motivação e dedicação.

O excelente resultado foi o que se segue, numa pequena amostra.

Nos dias que vivemos hoje, tudo é digital, tudo está apresentado em vídeos e filmes para facilitar a nossa forma de aprendizagem. A nossa geração é preguiçosa e não gosta de ler. E com o tempo fomos acreditando que estudar e ler é cansativo e aborrecido.
Mas todos nós devíamos ter a necessidade do conhecimento, de aprender mais, pois isso leva a melhores oportunidades no futuro e ajuda a melhorar a nossa mente. Ao estudar, aprendemos também a interagir com outras pessoas, a dialogar com elas, a criar novas opiniões, e a sabermos discutir novos assuntos e ideias. Aprender permite que tenhamos conteúdo para falar e pensar mais além. Ao estudar e ler, exercitamos o nosso cérebro, ajudamo-lo a "trabalhar" ao criar novas informações e a saber processá-las. Quando lemos os livros, os jornais, as revistas, aprendemos a adaptar-nos a novas situações que possam surgir na nossa vida que talvez nós não soubéssemos lidar com elas. A história ensinou-nos que outras pessoas já venceram guerras, combateram doenças, cresceram economicamente e socialmente, e talvez isso nos tenha ajudado a superar situações idênticas, ao longo do tempo. Aquilo que estudamos permite-nos aprender as diferentes áreas para podermos decidir aquilo que mais gostamos de fazer.                
Concluindo, os estudos ampliam a nossa visão sobre o mundo, aumentam a nossa autoestima e fazem bem a nós próprios como seres inteligentes.

Marco Sousa, 9.ºBD

Importância da leitura e do estudo

Na minha opinião, ler pode ser considerada uma forma de estudo, que melhora o nosso conhecimento.
Desde pequenos que nos ensinaram, em casa ou na escola, a ler e graças a isso tornámo-nos pessoas mais cultas. Quando lemos, estamos a interpretar significados, o que promove a nossa “saúde” mental, estamos a estudar, visando alargar os conhecimentos e informar-nos sobre determinado assunto. Existem diferentes formas de leitura e em diferentes locais, como em livros, sites…
Muitos jovens, na atualidade, não gostam de ir à escola, mas deviam ficar contentes, já que em muitos países, principalmente no continente africano, muitas crianças não têm como o fazer, já que a prioridade é a luta pela sobrevivência, porque são países onde há muita corrupção e a pobreza é extrema. Para além de reclamarem, a maior parte dos jovens também não são interessados pelo estudo nem pela leitura e, em vez disso, preferem usufruir das novas tecnologias em excesso que, para além de ser viciante, faz com que ganhem problemas visuais.
Concluindo, ler é cativante e estudar interessante, e todas as pessoas podem ler e estudar para melhorar o seu conhecimento.

       Martim Figueiredo, 9.ºBD

Na minha opinião, o poema “Ler é maçada/estudar é nada” de Fernando Pessoa está errado. Sei que muitas pessoas pensam assim, pensam no trabalho que dá, a “seca” que é e vamos ser sinceros, estudar até o pode ser, mas é necessário para sermos alguém com um futuro. 
Ler faz parte da nossa vida, estudar é essencial para ela. Tanto estudar como ler, nos dão conhecimento e capacidades. Quantos médicos se formaram sem estudar? Quantos advogados se formaram sem se esforçar? Se formos verificar, ninguém o conseguiu sem estudo.
Mas agora vamos ver a leitura pelo lado positivo. Vão dizer-me que nunca leram um livro que vos entusiasmou, que vos fez imaginar coisas sem nexo? Nem mesmo durante uma aula de português ou de história? Claro que sim, mesmo contrariados, ler faz-nos viajar por mundos desconhecidos, faz-nos viajar por sítios nunca antes navegados. Reparam como ler e estudar combinam? Como os dois nos fazem bem, nos fazem aprender? Ler e estudar são essenciais, embora possa ser aborrecido e admito que é, mas quando estudamos, aprendemos, quando lemos viajamos e isso é incrível.
Em suma, eu discordo desse poema, pois embora ler e estudar sejam aborrecidos, nós precisamos deles e quando o fazemos não queremos parar de saber o que desconhecíamos. 

Matilde Branco, 9.ºBD