Para finalizarmos a semana,
deixamos vários excertos de intervenções de Mia Couto que nasceu na Beira,
Moçambique, em 1955.
Foi jornalista e professor,
e é, atualmente, biólogo e escritor. Recebeu vários prémios e distinções dos
quais destacamos o Prémio Eduardo Lourenço, que se destina a premiar o forte
contributo de Mia Couto para o desenvolvimento da língua portuguesa.
Agora é preciso coragem para ter esperança
"Estamos tão entretidos
em sobreviver que nos consumimos no presente imediato. Para uma grande maioria,
o porvir tornou-se um luxo. Fazer planos a longo prazo é uma ousadia a que a
grande maioria foi perdendo direito. Fomos exilados não de um lugar. Fomos
exilados da atualidade. E por inerência, fomos expulsos do futuro. Esta é a
condição não apenas de milhões de pessoas, mas de muitos países do nosso
continente e do mundo inteiro. O amanhã tornou-se demasiado longe. Mais do que
longínquo, tornou-se improvável. Mais do que improvável, tornou-se impensável.
(…)
Agora é preciso coragem para
ter esperança. Antes nós sonhamos uma pátria porque éramos sonhados por essa
mesma pátria. Agora, queremos pedir a essa grande mãe que nos devolva a
esperança. (…) O que significa que precisamos de recomeçar sempre e sempre. Há
que inventar uma outra narrativa, viver uma outra crença. A verdade é esta:
somos nós que temos de ir dando à luz uma mãe. Só somos parentes, pátria e
cidadão, numa relação alimentada grão a grão, gota a gota. (…)
Uma grande potência não
começa nos recursos naturais. Começa nas pessoas e na capacidade de essas
pessoas serem produtoras de felicidade.”
Inseridas no bem-estar ocupacional,
emocional, físico, espiritual, intelectual e social, as sugestões de hoje
levam-nos a viajar por um mundo que para muitos é totalmente desconhecido.
A primeira sugestão é de um livro
que nos conta a história de James Doty, um professor catedrático de
Neurocirurgia na Universidade de Stanford, que “Certo dia, quando tinha doze
anos, entrou numa velha loja de magia. Queria comprar um polegar de plástico,
para ensaiar um número. A senhora por trás do balcão simpatizou com aquele
miúdo franzino. E propôs ensinar-lhe a verdadeira magia. Não os truques de
circo, mas sim a capacidade de olhar para dentro e perceber a linguagem do
coração...
O miúdo aceitou. Durante seis
semanas, todos os dias, ia religiosamente bater-lhe à porta. E todos os dias
aprendia uma nova lição. Estávamos em 1968. Pouco se falava de meditação ou mindfullness, pensamento positivo ou
visualizações. Mas era essa “magia” que o rapaz de 12 anos tinha começado a
aprender.”
“...Hoje a minha testa está fria e
a minha visão é nítida. A minha pulsação está calma e regular. A experiência
faz a diferença e na minha sala de operações não sou um ditador nem uma prima donna agressiva. Cada membro da equipa
é valioso e necessário. Cada um está focado na sua tarefa. O anestesista
controla a pressão sanguínea da criança e o oxigénio, o seu nível de
consciência e o ritmo cardíaco. A enfermeira instrumentista verifica
constantemente os instrumentos e materiais, assegurando-se de que tudo o que é
necessário fica à mão. (…)
O cirurgião que me assiste é um
residente sénior em formação e é novo na equipa, mas está tão focado nos vasos
sanguíneos, no tecido cerebral e nos pormenores da remoção deste tumor como eu.
Não podemos pensar nos nossos planos para o dia seguinte, na política
hospitalar, nos nossos filhos ou em algum problema no nosso relacionamento em
casa. É uma forma de hipervigilância, de concentração em determinado ponto,
quase meditação. Treinamos a mente e esta treina o corpo. Quando se tem uma boa
equipa, o ritmo e a fluidez são espantosos – todos estão sincronizados. As
nossas mentes e corpos trabalham em conjunto como uma inteligência coordenada.
Estou a remover a última porção de
tumor, que está presa a uma das principais veias drenantes, nas profundezas do
cérebro. O sistema nervoso da fossa posterior é incrivelmente complexo e o meu
assistente está a aspirar os fluidos, enquanto eu removo o resto do tumor. Por
um segundo, ele deixa a sua atenção vaguear e, nesse preciso instante, a sucção
rasga a veia. Por um brevíssimo momento, tudo para.
De repente, instala-se o caos.
O sangue da veia rasgada enche a
cavidade da ressecção e o sangue começa a escorrer da abertura na cabeça do
menino. O anestesista começa a gritar que a pressão sanguínea da criança está a
cair rapidamente e que não consegue acompanhar a perda de sangue. Preciso de
prender a veia e estancar a hemorragia, mas ela escondeu-se numa poça de sangue
e não consigo encontrá-la. Por si só, a minha sucção não consegue controlar o
sangramento e a mão do meu assistente está a tremer demasiado para poder ser
uma ajuda.
- Está em paragem total! – grita o
anestesista. Tem de se arrastar por baixo da mesa, porque a cabeça do rapazinho
está presa na armação própria, pronta, a parte de trás aberta. O anestesista
começa a comprimir o peito da criança enquanto coloca a outra mão nas suas
costas, tentando desesperadamente que o coração volte a bater. Os fluídos são
despejados para as intravenosas. A principal e mais importante tarefa do
coração é bombear sangue e esta bomba mágica que torna tudo possível no corpo que
parou. (…)
O cérebro consome 15 por cento do
fluxo do coração e, depois de este parar, só consegue sobreviver alguns
minutos. Precisa de sangue e, mais importante, do oxigénio que nele se
encontra. Estamos a ficar sem tempo antes que o cérebro morra – o cérebro e o
coração precisam um do outro.
Tento freneticamente agarrar a
veia, mas não há forma de a encontrar no meio de todo aquele sangue. (…)
Tal como eu, a equipa sabe que
estamos a ficar sem tempo. O anestesista levanta os olhos para mim e vejo-lhe
uma expressão de medo... Podemos perder esta criança. (…)
Estou a trabalhar às cegas e então
abro o coração a uma possibilidade para lá da razão e começo a fazer o que
aprendi há décadas, não no internato, não na faculdade, mas no quartotraseiro de uma pequena loja de magia, no
deserto da Califórnia.
Acalmo a mente.
Relaxo o corpo.
Visualizo a veia recolhida. Vejo-a
com o olho da mente, oculta no percurso neurovascular do rapazinho. Prossigo
sem ver, mas sabendo que esta vida tem mais do que conseguimos vislumbrar e que
cada um de nós é capaz de fazer coisas extraordinárias, que nunca pensaríamos
ser possível. Controlamos os nossos destinos e não posso aceitar que este
menino de quatro anos esteja destinado a morrer hoje, na mesa de operações.
Debruço-me sobre a poça de sangue
com o grampo aberto, prendo-o e, lentamente, afasto a mão.
A hemorragia para e, de repente,
como se viesse de muito longe, ouço o bip
do monitor cardíaco. A princípio é fraco, irregular. Mas depressa se vai
tornando forte e constante, como qualquer coração quando começa a regressar à
vida.
Sinto o meu próprio ritmo cardíaco
a acompanhar o do monitor.”
James R. Doty, em Dentro da Loja Mágica – Um neurocirurgião à
descoberta dos caminhos secretos para a alma.
E por último, seguem dois vídeos para
descobrirem mais sobre esta temática.
Por estar tão em voga hoje em dia, as nossas sugestões são
dedicadas à inteligência emocional, um dos fatores mais determinantes para
conseguirmos atingir o sucesso profissional e pessoal.
“Se pararmos para pensar um pouco, a expressão “inteligência
emocional” assemelha-se a um paradoxo, visto que parece não fazer muito sentido
utilizar a conjugação destas duas palavras, “inteligência” e “emocional”.
Em primeiro lugar, porque normalmente caracterizamos as pessoas
mais inteligentes como mais “frias”, racionais, lógicas e pouco emotivas. Assim,
num ápice, facilmente me vem à memória a personagem Spock. Se não conheces, Spock
é uma personagem que apareceu numa série de ficção científica de sucesso: Star Trek. Nesta série, Spock serve a
bordo da nave espacial USS Enterprise,
como oficial de ciências e primeiro-oficial. É uma personagem meio terrestre e
meio extraterrestre, oriunda do planeta Vulcano, que personifica o raciocínio
lógico próprio do seu lado Vulcano dominante, não manifestando quaisquer
emoções, embora, num ou noutro episódio, o seu lado humano o faça sentir
emoções e agir de forma mais irracional. Então, se quando sentimos emoções,
ficamos irracionais, como é possível sermos inteligentes simultaneamente? Em
segundo lugar, porque já todos fizemos impensáveis e dissemos coisas que nunca
imaginámos poder dizer e que magoaram pessoas à nossa volta, pessoas de quem
gostamos. E porquê? Porque estávamos “alterados emocionalmente”, porque
estávamos com as “emoções à flor da pele”, porque foi no “calor da emoção”.
Logo, mais uma prova de que tudo o que tem emoção parece não ter nada de
racional. Por último, as emoções também são uma coisa primitiva (e não só), que
herdámos dos nossos ancestrais. A nossa arquitetura biológica está desenhada
para fazer funcionar aquilo que tem resultado melhor nas últimas gerações. É
uma constante evolução adaptativa. O problema é que só há poucas gerações (na
ótica do calendário evolutivo) é que as coisas mudaram de forma disruptiva, e
as necessidades de hoje não são as mesmas de há 250.000 anos. Mas o nosso
cérebro ainda é influenciado exageradamente por aquilo que funcionou melhor nas
últimas gerações. Por isso, quando estamos alterados emocionalmente, as nossas
respostas são mais primitivas e fortes e podemos dividi-las em três reações:
fugir, lutar ou congelar.
Mais uma vez, as emoções parecem não ter nada de inteligente.
Analisando estes três exemplos, percebermos que realmente não
parece ter muito sentido utilizar a expressão “inteligência emocional”, que
mais parece um paradoxo. Mas é neste paradoxo que encontramos a necessidade de
treinar a nossa inteligência emocional.
A inteligência emocional é a base do desenvolvimento pessoal.
São as nossas emoções que controlam as nossas decisões e são as nossas decisões
que definem o resultado da nossa vida. Este é um facto, uma verdade
incontestável. Então, se são as emoções que definem como vai ser a nossa vida,
precisamos de ganhar ferramentas para as trabalharmos.”
Paulo
Moreira, em Inteligência Emocional – uma
abordagem prática.
Queres
saber como desenvolver a Inteligência Emocional? Vê o vídeo que se segue:
Inseridas no bem-estar emocional,
hoje, as leituras são dedicadas à felicidade.
Será a felicidade igual para todos?
Seremos todos felizes com o
mesmo?
Conseguiremos alcançar a felicidade
da mesma forma?
“Pronto. Eu respondi a todas as
tuas questões, e a minha vida para ti não tem segredos. Tu conheces a minha
história de amor. E todas estas pessoas que não cessam de percorrer o meu
coração pela noite. Sim, eu sou muito rica, como tu dizes. Rica pelo que eu
vivi, rica pelo amor que eu conheci, rica por também te ter, tu, minha neta
querida e a minha melhor amiga. O que é a felicidade, perguntas-me tu? Eu não
sei. Nunca me pus a questão. Mas de uma coisa tenho a certeza: eu conheci-a. Ou
mais exatamente, eu vivi momentos de felicidade. Para mim, a felicidade não é
qualquer coisa de abstrato, mas a acumulação de momentos felizes que a vida me
reservou e me restará, inumeráveis. A questão é de não os deixar cair, e
vivê-los plenamente. Quando revi o teu avô Jing-Ming, fiquei feliz; quando
soube que estava grávida, fiquei feliz; quando soube que estava grávida, fiquei
feliz; quando saboreava as massas de arroz da tia Liu, ficava feliz; quando a
tua mãe nasceu, fiquei feliz: quando vi os seus primeiros dentes, fiquei feliz;
quando a via grande, bela e alegre, ficava feliz; quando preparei a refeição de
núpcias no dia do seu casamento, fiquei feliz; quando ouvia a ópera Gui, ficava
feliz; quando encontrava uma bela frase na minha leitura, ficava feliz; quando
regressava a casa, após um dia de trabalho, ficava feliz; quando entrei, pela
primeira vez na vida, numa sala de cinema, fiquei feliz; quando tomei
conhecimento do nascimento de Ming-Ming, fiquei feliz; quando beijei as tuas
pequenas bochechas rosadas de bebé, fiquei feliz; quando trouxeste o teu pai a
casa, fiquei feliz; quando o teu sonho de seres médica se tornou realidade,
fiquei feliz; quando passeávamos pelo caminho à beira do lago e no Jardim das
Plantas Medicinais, ficava feliz; quando, finalmente, tivemos notícias do teu
irmão, fiquei feliz; quando recebi a carta do teu avô, fiquei feliz… São estes
momentos luminosos e tantos outros, às vezes muito breves, mas sempre tão
reais, tão palpáveis e tão essenciais como o sal e o arroz, que adoçaram os
rudes golpes do destino e que me fizeram sentir que, apesar de tudo, a vida
vale a pena ser vivida…”
Wei-Wei, em a cor da
felicidade.
Porque rir é também uma forma de
felicidade, decidimos partilhar com os mais pequenos o poema “Tudo ao
contrário”, do livro Poemas da Mentira e da Verdade, de Luísa Ducla Soares.
Subordinado ao tema “Descobrir
caminhos para a saúde e o bem-estar”, o Mês Internacional das Bibliotecas
Escolares será assinalado de forma mais continuada durante esta semana (26 a 30
de outubro). Baseando-se no Objetivo do Desenvolvimento Sustentável número 3 da
Agenda 2030 da ONU: Saúde de qualidade, a Biblioteca Escolar pretende ajudar a
promover a saúde e o bem-estar ocupacional, emocional, físico, espiritual,
intelectual e social da nossa comunidade escolar. Desta forma, serão partilhados
diariamente, no Blogue das nossas Bibliotecas, pequenos excertos, vídeos e
outros recursos que nos permitam trabalhar o tema promovendo a saúde e o
bem-estar.
Sabendo que a alimentação é
essencial para o nosso bem-estar físico e consequentemente intelectual e
emocional, hoje, a Biblioteca Escolar sugere-te algumas leituras relacionadas
com a alimentação.
“COMPORTAMENTOS ALIMENTARES
Para cada um de nós, comer é o ato mais banal
que existe. Porém, o facto de comer isto ou aquilo, preparado daquela maneira
ou daquela outra, com este ou aquele acompanhamento; o facto de considerar que
isto é comestível, que isto é bom e que aquilo é mau, define-nos mais do que
qualquer outra coisa. Define-nos enquanto seres vivos, mamíferos omnívoros,
seres humanos, pertencentes a uma determinada época, cultura, categoria social,
família, e, ao fim ao cabo, define-nos como indivíduos singulares, únicos.
COMER
Comer, para qualquer ser vivo, é
uma necessidade vital e irreprimível. Uma força interna, um impulso vital
impelem-nos a comer sem que nada possamos fazer contra isso. “Barriga esfomeada
não tem ouvidos”: é uma força que nos transcende e através da qual o nosso
organismo reclama a energia e os nutrientes de que é incapaz de sintetizar.”
“O SIMBOLISMO ALIMENTAR
Grande é a riqueza simbólica da
toma alimentar como o prova a infinidade de locuções cobrindo quase todo o
leque de emoções e comportamentos humanos. Assim podemos «aguçar o dente», «ter
a barriga a dar horas», «uma fome de lobo», «comer como um passarinho», e
também sabemos que «se come com os olhos», «rumina-se os pensamentos», «come-se
o pão que o diabo amassou», e «engolem-se sapos».”
Gérard Apfeldorfer, em Como logo existo.
Para os mais pequenos sugerimos um
vídeo da história “A fuga da ervilha” de Pedro Seromenho, contada pelo próprio
autor. Esta história conta-nos o percurso de uma ervilha pelo sistema
digestivo.
Os
alunos do 7º B foram desafiados, no âmbito da Comemoração do dia Mundial da
Alimentação, nas disciplinas de Cidadania e Desenvolvimento e de Português, em
articulação com o PES e a Biblioteca Escolar, a preparar uma receita saudável
com fruta. Em família todos se inspiraram e registaram o momento final com um
livro a gosto! O resultado não se fez esperar e não defraudou as expectativas!
Muitos
parabéns à professora Lina Rodrigues e a todos os alunos pela originalidade da
proposta, pela iniciativa, pela criatividade e empenho!
Boas
leituras e deliciem-se com estas iguarias tão apetitosas!
Ao longo
das duas últimas semanas, as turmas de 9.º ano do agrupamento e os docentes da
disciplina BScience participaram numa
atividade de articulação curricular com a Biblioteca Escolar, inserida no Digital Learning Project. Tendo em conta
o Referencial “Aprender com a Biblioteca Escolar”, após trabalharem a temática
“Covid-19” e selecionarem vocabulário em língua inglesa, os alunos produziram
uma Wordcloud (nuvem de palavras) na
ferramenta WordArt que foi publicada
num Padlet coletivo.
Através
desta atividade os alunos conseguiram desenvolver algumas áreas de competência
do Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade Obrigatória, trabalharam a
literacia digital e aprimoraram as suas competências digitais.
Os
trabalhos realizados foram de alta qualidade, mostrando o empenho e interesse
dos alunos na realização desta atividade.
No âmbito da celebração da Semana
da Alimentação, a Biblioteca Escolar da EB Póvoa de Abraveses saiu fora de
portas e foi visitar as salas de aula. Os alunos do pré-escolar e do primeiro
ciclo assistiram à apresentação de duas histórias distintas que versam a
temática. As crianças da educação pré-escolar e 1.º ano ouviram “O Nabo
Gigante” de Aleksei Tolstoi e os alunos do 2.º, 3.º e 4.º anos a história
“Sementes de Macarrão” de Luísa Ducla Soares.
Ambas as histórias abordam a forma
como se cultivam diferentes alimentos e podem ainda contribuir para uma
alimentação saudável. Para concluir esta atividade, os alunos fizeram uma
pequena ficha e pintaram um desenho associando alimentos saudáveis, menos
saudáveis e outros que não fazem parte da nossa roda alimentar.
Os alunos do 7.º B, nas
aulas de Português e Cidadania e Desenvolvimento da docente Lina Rodrigues,
partilharam experiências e emoções vivenciadas durante o confinamento. Esta
atividade resultou numa partilha verdadeira e testemunho sentido sobre um tempo
em que a nossa casa passou a ser o único lugar onde tudo aconteceu.
Obrigada aos alunos e
docente pela partilha e pelo trabalho realizado!
“Para
mim, o confinamento…
… foi
como viver preso dentro da minha própria casa! Deixei de ir à rua com medo da
Covid-19.
… foi
muito difícil e triste de viver. Nessa altura da minha vida, sentia-muito
sozinho!
… foi
de medo, mas tudo fiz para o ultrapassar, inclusive seguir as recomendações da
DGS.
…
fiquei isolado em casa. Tive aulas virtuais, o que me deixava saudades da
escola e passava muitas horas à frente do ecrã, o que me provocava dores de
cabeça.
… foi
muito chato, pois não víamos os nossos colegas presencialmente!
… foi
muito difícil passar tantos meses sem os meus familiares e amigos! Mas teve um
aspeto muito positivo: ajudei a minha família nas tarefas domésticas.
… foi
uma experiência muito diferente e vai ficar marcada na minha vida para sempre!
… teve
um impacto positivo e negativo. Positivo, porque a relação com os meus pais
melhorou, devido aos meses que passamos juntos. E negativo, pois os meus
horários e a minha rotina mudaram radicalmente!
… foi
muito estranho…tudo mudou!
…
permitiu-me aprender várias coisas, como valorizar a minha família e o que
tenho!
… foi
horrível e nunca mais quero voltar a viver outra situação igual. Muitas vezes,
não conseguia aceder às aulas online, pois o meu portátil não funcionava!”
Em português,
os alunos da turma do 7.º BD foram desafiados, pela docente Ana Emília, a criar
um poema sobre a situação atual. No fundo todos os “poetas” sentiram as palavras
que escreveram e sentem na primeira pessoa o que transmitiram.
Partilhamos
alguns dos poemas produzidos e felicitamos todos os alunos e a docente pelo
trabalho e pela partilha.
Vamos
acreditar que tudo vai passar e vamos ficar bem!
Vinte
e dois anos após a atribuição do Prémio Nobel da Literatura, a Biblioteca
Escolar relembra a obra de José Saramago.
Corria
o ano de 1998, quando a 8 de outubro, José Saramago foi laureado com o Prémio
Nobel da Literatura. Com uma vasta e maravilhosa obra, José Saramago, nascido
na pequena vila de Azinhaga, no concelho da Golegã, sempre foi fascinado pelo
mundo dos livros. Esse fascínio levou-o a passar as noites na antiga Biblioteca
Municipal Central, hoje conhecida como Biblioteca Municipal Palácio Galveias.
“E se as histórias para
crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles
capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?“
José Saramago, em “A Maior Flor do Mundo”
Se tiveres curiosidade em ler o comunicado
à imprensa sobre a atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago,
clica na imagem que se segue: