quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Mês Internacional das Bibliotecas Escolares

Por estar tão em voga hoje em dia, as nossas sugestões são dedicadas à inteligência emocional, um dos fatores mais determinantes para conseguirmos atingir o sucesso profissional e pessoal.

 

“Se pararmos para pensar um pouco, a expressão “inteligência emocional” assemelha-se a um paradoxo, visto que parece não fazer muito sentido utilizar a conjugação destas duas palavras, “inteligência” e “emocional”.

Em primeiro lugar, porque normalmente caracterizamos as pessoas mais inteligentes como mais “frias”, racionais, lógicas e pouco emotivas. Assim, num ápice, facilmente me vem à memória a personagem Spock. Se não conheces, Spock é uma personagem que apareceu numa série de ficção científica de sucesso: Star Trek. Nesta série, Spock serve a bordo da nave espacial USS Enterprise, como oficial de ciências e primeiro-oficial. É uma personagem meio terrestre e meio extraterrestre, oriunda do planeta Vulcano, que personifica o raciocínio lógico próprio do seu lado Vulcano dominante, não manifestando quaisquer emoções, embora, num ou noutro episódio, o seu lado humano o faça sentir emoções e agir de forma mais irracional. Então, se quando sentimos emoções, ficamos irracionais, como é possível sermos inteligentes simultaneamente? Em segundo lugar, porque já todos fizemos impensáveis e dissemos coisas que nunca imaginámos poder dizer e que magoaram pessoas à nossa volta, pessoas de quem gostamos. E porquê? Porque estávamos “alterados emocionalmente”, porque estávamos com as “emoções à flor da pele”, porque foi no “calor da emoção”. Logo, mais uma prova de que tudo o que tem emoção parece não ter nada de racional. Por último, as emoções também são uma coisa primitiva (e não só), que herdámos dos nossos ancestrais. A nossa arquitetura biológica está desenhada para fazer funcionar aquilo que tem resultado melhor nas últimas gerações. É uma constante evolução adaptativa. O problema é que só há poucas gerações (na ótica do calendário evolutivo) é que as coisas mudaram de forma disruptiva, e as necessidades de hoje não são as mesmas de há 250.000 anos. Mas o nosso cérebro ainda é influenciado exageradamente por aquilo que funcionou melhor nas últimas gerações. Por isso, quando estamos alterados emocionalmente, as nossas respostas são mais primitivas e fortes e podemos dividi-las em três reações: fugir, lutar ou congelar.

Mais uma vez, as emoções parecem não ter nada de inteligente.

Analisando estes três exemplos, percebermos que realmente não parece ter muito sentido utilizar a expressão “inteligência emocional”, que mais parece um paradoxo. Mas é neste paradoxo que encontramos a necessidade de treinar a nossa inteligência emocional.

A inteligência emocional é a base do desenvolvimento pessoal. São as nossas emoções que controlam as nossas decisões e são as nossas decisões que definem o resultado da nossa vida. Este é um facto, uma verdade incontestável. Então, se são as emoções que definem como vai ser a nossa vida, precisamos de ganhar ferramentas para as trabalharmos.”

   Paulo Moreira, em Inteligência Emocional – uma abordagem prática. 

 

Queres saber como desenvolver a Inteligência Emocional? Vê o vídeo que se segue: 




Boas leituras!

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