Publicado a
29 de agosto de 2017
O moderno estilo de vida nas
cidades, com pouca exposição ao sol, está a condicionar uma deficiência
generalizada de vitamina D.
Vitamina D,
o nutriente amigo do sol
Num país com
sol como Portugal parece inesperado que centenas de pessoas, sobretudo idosos,
apresentem um défice de vitamina D.
Descubra as
causas e consequências deste problema e como evitá-loParte superior do formulário.
O que
origina o défice de vitamina D
As mudanças de hábitos são o principal responsável do
problema: As pessoas trabalham menos ao ar livre, as crianças permanecem mais
horas na escola e em casa, os idosos também estão mais institucionalizados e no
seu domicílio, além de alterações ao nível do uso de vestuário, envelhecimento
da população e as pessoas comerem mais carne do que peixe.
O risco de défice de vitamina D é também maior em
pessoas cuja capacidade de conversão de vitamina D está reduzida, como
indivíduos de pele escura (por esta conter níveis elevados do pigmento
melanina) e quem tem necessidades de vitamina D mais elevadas, como é o caso
das crianças e das grávidas.
Afinal, o
que é a vitamina D?
As vitaminas
são substâncias reguladoras do metabolismo e das quais necessitamos em pequenas
quantidades. No entanto, ao contrário das outras vitaminas que podemos
encontrar nos alimentos, a vitamina D é produzida pelo organismo, na pele, por
ação dos raios solares.
Os
benefícios da vitamina D e as consequências de um défice
A vitamina D é fundamental para a fixação de cálcio
nos ossos, ajuda a prevenir alguns tipos de cancro, a obesidade, a diabetes, protege a saúde cardiovascular, é
anti-infeciosa, tem ação neuro protetora ao promover a maturação do sistema
nervoso central, melhora o tónus muscular e o equilíbrio e reduz o risco de
quedas, de défice cognitivo e de demência e tem ainda um efeito protetor na
gravidez, nomeadamente, um menor risco de eclâmpsia e de baixo peso do bebé ao
nascimento.
A carência de vitamina D leva a que as pessoas tenham
maior risco de sofrer destes problemas de saúde. No entanto, a maior parte das
pessoas com deficiência de vitamina D não apresentam queixas específicas, a não
ser que essa deficiência seja muito acentuada.
A vitamina D
tem sido também associada ao tratamento da esclerose múltipla, dado que esta
vitamina ajuda a regular o funcionamento das células imunitárias, tendo impacto
ao nível da evolução da doença.
Exposição
solar
Aproveite os benefícios do sol, mas
sempre com cautela: opte por ir à praia logo de manhã ou ao final da tarde em
que a intensidade de radiação UV é baixa a moderada, passe 20 minutos ao ar
livre, usando vestuário que deixe os braços e as pernas expostas, pelo menos
três vezes por semana.
Aliada à exposição solar, a ingestão
de alimentos ricos em cálcio, como peixes gordos, leite e derivados, ovos,
iscas de fígado e cogumelos, contribuem para bons índices de vitamina D. Em
condições ideais de vida, entre 80 a 90% da vitamina D deveria provir da
síntese cutânea e 10 a 20% da alimentação. No entanto, é difícil compensar
com a alimentação as muitas deficiências da produção cutânea de vitamina D,
pelo que é muitas vezes necessário recorrer a suplementos de vitamina D. O mais
conhecido e eficaz é o óleo de fígado de bacalhau, o qual já está disponível em
cápsulas.
Para que a síntese da vitamina D se
produza são necessários entre 15 a 30 minutos de exposição solar diária com uma
radiação UV de intensidade entre 4 a 5.
Não se esqueça que é importante usar
protector solar. Sim, é necessário proteger-se do sol forte, mas é importante
ver quais são as substâncias presentes no produto que usa, pois algumas delas,
como a oxibenzona, podem ser péssimas para a saúde e para o meio
ambiente.
No entanto, não se esqueça de que
necessita também de ingerir alimentos ricos em cálcio para evitar o défice de
vitamina D no organismo.
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Equipa PES |
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