A
Direção-Geral da Educação (DGE), em colaboração com a Agência Nacional para a
Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP), construiu um tutorial de apoio à utilização
da plataforma Moodle, plataforma escolhida pelo Agrupamento para disponibilizar
metodologias de ensino a distância, de forma a dar continuidade aos processos
de ensino e aprendizagem.
Na segunda tarefa semanal, os alunos do 8.º D
e 8.º E tiveram como missão desenhar um poema. Depois de muitas dúvidas
esclarecidas, lá forma chegando os trabalhos. Como a tecnologia falha e não é
perfeita, foram escolhidos aqueles cuja imagem apresenta mais resolução. Isto
não significa que os outros trabalhos não tivessem qualidade em termos de
conteúdo/imagem. Infelizmente, apenas demonstra as falhas deste sistema…
Ressalvo que esse facto não prejudica
nem minimiza o trabalho e esforço de cada um dos que participaram, pelo
contrário, engrandece-o porque fizeram o seu melhor!
(Tenho que abrir uma exceção e dar os
parabéns, em particular, ao nosso “cozinheiro” que fez os seus bolinhos com
muito carinho. Desta vez só os vimos, mas quando regressarmos queremos provar,
Rodrigo!)
Parabéns, meninos!!
Como diz o nosso Pessoa,
"Posso ter defeitos, viver
ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a
maior empresa do mundo, e que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria
história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É
ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma
crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas.
Um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa
Um bom descanso para todos!
Ana
Balula
Parabéns a todos os
alunos e à professora Ana Balula pelo trabalho e dedicação!
-
Para que serve a poesia? Esta é uma daquelas questões que, cedo ou tarde, todos
os poetas enfrentam. A resposta mais frequente, mais falha de imaginação e de
verdade, assegura que a poesia não serve para nada. Alguns poetas, em especial
os portugueses, acrescentam a seguir que também a vida não serve para nada,
etc. […]
Na origem, a poesia era uma disciplina da
magia. Servia para encantar. Continua a ser assim, embora, no sentido literal,
poucas pessoas ainda exercitem essa antiquíssima arte. Uma tarde, em Benguela
conheci uma das derradeiras praticantes. Almoçava com amigos, e amigos de
amigos, num desses quintalões antigos, carregados de frutos, e de boa sombra,
da cidade das acácias rubras. A determinada altura escutei um sujeito que se
referiu a uma tal Dona Aurora:
- A velha receita poesias.
-
Recita - corrigi. O homem, um oficial do exército, encarou-me, irritado:
-
Não senhor! Receita! Dona Aurora receita poesias. Resolve problemas de amor,
amarrações, mau-olhado, tudo com versinhos.
Fiquei
interessado. Anotei o endereço da curandeira num guardanapo e na manhã seguinte
bati-lhe à porta. Dona Aurora morava na Restinga, num casarão, em madeira,
muito maltratado. A velha senhora, miúda, muito magra, vestia de cor-de-rosa.
Toda a sua força parecia residir na cabeleira, a qual mantinha uma vigorosa
rebeldia juvenil. Convidou-me a entrar. Móveis dos anos 50, muito gastos.
Estantes carregadas de livros velhos. Aproximei-me. Poesia, e mais poesia:
Florbela, Camões, Vinícius, José Régio, Sophia, Drummond, Manuel Bandeira, tudo
misturado, num bem-aventurado desrespeito a fronteiras políticas, estéticas e
ideológicas. «O meu marido sempre gostou de poesia», justificou-se: «Eu, menos.
Foi só depois de ele morrer, há 30 anos, que descobri o poder dos versos.»
Acontecera
um pouco por acaso - contou. Uma tarde deu-se conta de que certos sonetos
parnasianos (os mais trabalhosos) a ajudavam a vencer a insónia. Mais tarde,
que João Cabral de Melo Neto, a partir de «O cão sem plumas», era muito eficaz
no combate à cefaleia. Pouco a pouco foi desenvolvendo um método. Combatia a
prisão de ventre lendo alto a Sagrada Esperança. Mantinha o quintal livre de
ervas daninhas, percorrendo-o, ao crepúsculo, enquanto soprava devagar «O
guardador de rebanhos».
Numa cidade pequena não tardou que tais
excentricidades lhe trouxessem, primeiro inimigos, e depois devotos seguidores
e pacientes. Hoje, ela recebe a todos, ricos e pobres, na sala onde me recebeu
a mim.
Ouve
as suas queixas, levanta-se, percorre as estantes, e regressa com a solução.
«Quem me procura mais são mulheres querendo reconquistar o coração dos maridos.
Recomendo que lhes murmurem, enquanto dormem, algum Neruda, às vezes Camões,
outras Bocage.»
Dona
Aurora não aceita dinheiro pelos serviços prestados. «Não sou eu quem cura»,
explicou-me, «é a poesia».
José Eduardo Agualusa (revista Ler nº 113,
maio 212)
Hoje partilhamos
um exemplo de uma boa prática, nesta nova fase digital, onde o ensino passou a
ser à distância. Os alunos do JI de Lustosa acolheram e realizaram com muito
entusiasmo duas atividades propostas pela educadora Adelaide Oliveira que se
basearam num jogo sobre a história “O Cuquedo”, o qual foi concedido com
recurso à ferramenta forms do office, e um PowerPoint personalizado com a experiência “A casca do ovo”. Neste PowerPoint, as crianças receberam
todas as instruções, através de uma gravação áudio da educadora, para realizar
uma atividade de ensino experimental.
Através
das diferentes ferramentas digitais é também possível o desenvolvimento da
literacia da leitura e da literacia científica.
Nesta
fase tão excecional só podemos reconhecer que estas iniciativas permitem
aproximar alunos e docentes, mesmo em E@D, promovem diferentes abordagens e facilitam
a aprendizagem.
Muitos
parabéns à docente e aos alunos pelo trabalho desenvolvido.
Hoje comemora-se o 25
de abril, conhecido como o Dia da Liberdade em Portugal e o dia da Revolução
dos Cravos. Neste feriado nacional relembra-se a importância da liberdade no
país. Na disciplina de EMRC os alunos, da professora Paula Rocha, foram
convidados a escrever um acróstico que tinha como mote a palavra “Liberdade” e
respetiva ilustração.
Pela importância da
data, pela valorização do trabalho realizado em tempos de quarentena e pela
qualidade das tarefas, partilhamos os acrósticos e ilustrações da Lara e a
Camila do 8.º D. Trata-se de uma amostra de todo o trabalho realizado.
Parabéns às autoras e a
todos os colegas que se empenharam e à professora Paula Rocha pelo excelente
trabalho e partilha!
Na primeira tarefa de
português pedida aos alunos das turmas 8º D e E da Escola Básica Dr. Azeredo
Perdigão, a professora solicitou aos seus discentes que lhe enviassem um verso.
Foi-lhes
disponibilizado um mote:
“Todos os dias
nascem novos dias,/ nascem novas manhãs…”. A partir deste mote, os alunos
deram continuidade à ideia inicial.
Deste modo, e depois de
recolher os versos enviados por e-mail, surgiram dois belíssimos poemas que
devem ser partilhados com toda a comunidade escolar.
Foi um trabalho de
partilha, que teve como principal objetivo levar/motivar os alunos a participar
nas atividades escolares sem esquecerem que, nestes tempos descabidos,
continuamos a poder partilhar e a trabalhar em conjunto. Precisamos de
continuar a viver, conviver e sobreviver.
Precisamos de insistir?
Sim!
De persistir? Também!
Mas, “Chegamos a um
ponto da nossa vida em que já não temos pressa de provar absolutamente nada a
ninguém a não ser a nós mesmos!”
Deste modo, a
professora dá os Parabéns aos seus alunos pelo excelente trabalho que realizaram.
Ana
Balula
A biblioteca escolar
acolhe com muito entusiasmo esta fantástica iniciativa. Hoje assinala-se o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor. Portanto, parabéns aos autores: professora Ana Balula e todos os alunos do 8.º D e E, pelo excelente trabalho e partilha!
Poemas:
Turma 8º
D
Todos
os dias nascem novos dias,
Nascem
novas manhãs….
Enfrentamos novos
obstáculos da nossa “nova” vida…
Repõem-se energias
nas manhãs que se
iluminam e que nos iluminam.
Nascem novos desafios,
novas conquistas,
Manhãs com pássaros a
cantar,
com novas ondas no mar.
Novas oportunidades
para ser feliz,
para poder abraçar,
a nova cidade.
Novas oportunidades
para melhorar,
para aprender.
Nascem novas
esperanças.
Mas também nascem novos
conflitos.
E
Todos os dias o sol se
põe.
E
Nascem novas noites,
e
só temos uma hipótese
de fazer tudo certo e para salvar o mundo.
Todos os dias nascem
novas oportunidades.
Todos os dias nascem
novas alegrias com diferentes cores, tipos e manias.
Turma 8ºE
Todos os dias nascem novas dias,
Nascem novas manhãs….
Novos
sorrisos,
Novas
alegrias,
Novas
oportunidades,
Novos
desafios,
Novas
esperanças nas novas manhãs,
Todos
os dias nascem oportunidades de viver novas aventuras,
Nascem
manhãs de esperança que ficarão para sempre na nossa lembrança.
Mas
o tempo é incerto,
É
um desafio constante
E
sinto-me perdido, também
Porque
a vontade de falar, partilhar, rebenta dentro de mim.
Contudo,
De
manhã desperta a vida,
os
dias são belos e procuram-se novas oportunidades,
Procuram-se
novas manhãs e renovam-se as novas esperanças.
Para assinalar o 25 de
abril, a Biblioteca Escolar selecionou um vídeo da RTP, um artigo do site RTP
Ensina, onde também poderás testar o teu conhecimento, e preparou um Challenge
no Kahoot! sobre esta temática. Descobre mais sobre este momento histórico, atreve-te
a participar neste desafio e encontra mais informação sobre esta Revolução de
Abril!
Para acederem ao desafio
terão de descarregar a aplicação Kahoot
para o telemóvel ou tablet. Para isso, terão de aceder à Apple Store ou Play Store
e instalar a aplicação (Kahoot).
Depois basta colocar este Challenge Pin
(02558916) e responder às questões. Quanto ao vosso Nickname, terão de colocar o ano, turma e número (por exemplo, se
forem o número 1, do 5.ºA (EB Azeredo Perdigão), o vosso Nickname será 5A1; se forem o número 1, do 5.ºAD (EB D. Duarte), o vosso
Nickname será 5AD1).
Também poderão aceder a
este desafio através do seguinte link:
Convidamos-te ainda a ler “A fábula dos feijões cinzentos”,
uma fábula em que os personagens são feijões de diversas variedades, de acordo
com as características humanas de figuras do tempo do Estado Novo. Nesta história
ficas a saber o que foi a ditadura vivida pelos portugueses durante 48 anos e
da liberdade trazida pela revolução dos cravos do 25 de abril de 1974.
Luis
Sepúlveda nasceu em Ovalle, no Chile, a 4 de outubro de 1949 e morreu hoje, 16
de abril de 2020, em Oviedo, Espanha.
Como
escritor, arrecadou o Prémio Casa das Américas, os prémios Gabriela
Mistral/Poesia, em 1976, Rómulo Galegos/Novela, em 1978, Tigre Juan/Novela em
1988, o de Contos "La Felguera", em 1990, e o Prémio
Primavera/Romance, em 2009. Em 2016, recebeu o Prémio Eduardo Lourenço.
Luís
Sepúlveda vendeu mais de 18 milhões de exemplares em todo o mundo e as suas
obras estão traduzidas em mais de 60 idiomas. Hoje ficámos mais pobres...
Divulgamos
três obras que se tornaram um sucesso entre os jovens.
História de um gato e de um rato que se
tornaram amigos
Baseado
num episódio da vida de um dos filhos de Luis Sepúlveda, a História de um gato
e de um rato que se tornaram amigos oferece-nos uma vez mais uma fábula singela
e divertida sobre o verdadeiro valor da amizade.
História de uma gaivota e do gato que a
ensinou a voar
A
história da Gaivota e do Gato que a ensinou a voar é uma obra que representa os
princípios básicos da convivência humana. Nesta narrativa magnífica, pautada
por valores, retrata uma amizade improvável e a importância de cumprir promessas.
Fala de animais, mas acima de tudo fala da Humanidade, numa reflexão-espelho
que não pretende sentenciar, mas apenas alertar.
O velho que lia romances de amor
É
um livro simples que nos mostra um pouco da vida solitária de um "Velho
que lia romances de amor". Antonio José Bolívar Proaño vive em El Idilio,
um lugar remoto na região da Amazónia onde viviam os índios shuar. Antonio
aprendeu com eles a conhecer a selva e as suas leis, a respeitar os animais que
a povoam, mas também a caçar e descobrir os trilhos mais indecifráveis.