quarta-feira, 13 de maio de 2020

A vida é feita de momentos (7.º A, 8.º D e 8.º E)

Como a vida é feita de momentos, a tarefa dos alunos foi descreverem o momento mais importante do seu dia.
Para isso, foi-lhes solicitado que descrevessem esse momento utilizando: metáforas; personificações e comparações.
Deviam ser assinados com um pseudónimo.
Grande parte cumpriu as indicações e escreveu belíssimos parágrafos.
Em quase todos se realça a importância do momento principal do dia ser aquele que passam em família! 

Parabéns a todos os alunos do 7.º A, 8.º D e 8.º E e à professora Ana Balula por mais uma partilha tão genuína e que contempla a escrita e, acima de tudo, nos mostra como a vida pode continuar com a sua beleza e importância, mesmo em momentos de isolamento social.  

“O momento mais feliz e importante do meu dia”

Hoje, para desanuviar um pouco, decidi ir andar de patins com os meus pais. No início parecia que o Sol estava zangado, pois o tempo estava um pouco incerto, mas, passado uns instantes apareceu um lindo céu azul com uns raios de Sol quentes como fogo que tornaram o nosso passeio ainda melhor. Tudo correu às mil maravilhas. Encontrámos várias pessoas conhecidas (que só cumprimentámos à distância) e aprendi vários truques novos. Foi uma ótima tarde em família.
Maria Atleta

Quase todos os dias acabam da mesma maneira… ao fim da tarde, desligo o computador e, quando me vê a fazer isto, o meu irmão abraça-me com tanta força que parece que já não me vê há imenso tempo! Pede-me para brincar com ele… os carros voam por cima das nuvens e falam uns com os outros. É nestes momentos que me sinto a pessoa mais sortuda do mundo, ele consegue tirar-me todas as preocupações.
Alema

O momento mais importante do meu dia é quando me sento e começo a ler, eu adoro ler pois nos livros posso encontrar personagens que têm o coração de pedra como também personagens que têm o coração bondoso como uma flor, ou até mesmo cadeiras a falar com copos, é cada mistério!
Wolf

Todos os dias, quando eu acordo, mando uma mensagem de bom dia para os meus amigos, pois na minha opinião, um bom dia pode mudar completamente o resto do dia. Os meus amigos são muito importantes para mim, é como se fossem uma flor que precisa de sol para sobreviver a isto. Eu sou a flor e eles o sol, as flores também devem dar bom dia umas às outras. O trabalho delas não é fácil por isso precisam de estar de bom humor.
BI

2020 trouxe consigo um vírus que estragou o ano. Pôs-nos de quarentena, isolados como seres que habitam ilhas desertas.
Durante este tempo, o momento mais importante do meu dia é quando o meu pai chega a casa do trabalho e estamos todos juntos nesta fase difícil.
Vamos todos usar máscaras, álcool gel e ter cuidado ao sair de casa, vamos acabar com o vírus!
Pessoa anticovid-19

Esta é a minha parte preferida do dia:
À noite a lua sorri, enquanto eu vejo a minha família reunida, a conversar sobre o seu dia. O sol já se escondeu, como se estivesse a jogar às escondidas, e as estrelas observam tudo à sua volta. A família, alegremente, sente-se confortável e unida.
Z4

O momento mais importante do meu dia é quando vou lá para fora e brinco com o meu cão ou faço exercício. Adoro quando o sol brilha como pedras preciosas e as nuvens são algodão doce. Quando o meu cão me chama brinco com ele e assim passo belas manhãs, a tentar esquecer os problemas que estamos a enfrentar.
Mary

A parte favorita do meu dia é quando estou com os meus pais e quando vou caminhar com o meu avô. Durante o dia, tenho tanta energia como o meu cão. O meu avô, a caminhar, é um foguetão deslizante que faz o meu coração correr.
Estrelinha

O momento mais importante do meu dia é passá-lo junto dos meus pais, irmãos e o meu cão. Ao longo do dia, a alegria saltita dentro de mim, como uma pipoca a estalar. O bailado e simpatia do meu cão acompanha-me com imensidão do manto peludo, branco e preto.
Pipoca

Quando me sento na minha cadeira voadora, preparo-me para atingir o mundo excitante do mundo dos jogos online. O verde limitado pelas linhas brancas sobre as balizas faz-me ver para além do ecrã. Sinto-me livre como se de um jogo real se tratasse vivido sobre as rodas das minhas cadeiras.
Voador

O momento mais importante do meu dia, normalmente, é no final da tarde já que é o momento em que os meus pais regressam do trabalho, logo, é o momento onde todos convivemos. Este é o momento mais importante pois uma pessoa sem a família é o mesmo que um pescador sem a cana de pesca. Apesar de não parecer importante, é nestes momentos onde o amor ganha vida e sem isso a nossa razão de viver não seria a mesma.
Ass: John Brown

O momento mais importante do meu dia é quando vou lá para fora e brinco com o meu cão ou faço exercício. Adoro quando o sol brilha como pedras preciosas e as nuvens são algodão doce. Quando o meu cão me chama brinco com ele e assim passo belas manhãs, a tentar esquecer os problemas que estamos a enfrentar.
HM

O que eu mais gosto no facto de estar em casa é passar tempo com a minha família, mas não se compara ao facto de ter uma rotina, acordar cedo, ir para a escola, aprender a matéria, estar com os amigos… Estou há tanto tempo trancada em casa que por vezes, parece que tenho as coisas a falar comigo.
B M S

Lá estava eu no meu quarto quando os meus pais me vêm dar um cãozinho e desde então ficamos os melhores amigos.
Mas uma coisa que eu não sabia era que falava e ai as coisas melhoraram porque eu podia-lhe contar tudo e ele tudo de si. Sabes eu sou como um humano porque ajudo quanto ele precisa e é o melhor amigo do homem.
R M O

O meu dia hoje foi muito cansativo. Estendi a roupa molhada que, pelo seu peso, fiz ginástica. Com a minha família, fizemos uma corrida, nós somos tão rápidos quase como uma chita. E depois fui estudar, comi e fui para a cama que era algodão doce.
M SanS

Estar com a família, jogar ou passear nos dias em que o sol está sorridente e não chove como num chuveiro. Quando passeamos, até parecemos livres de tudo. O que vemos são as paisagens e aproveitamos o momento.
Leonardo Jorge

E um novo dia conhecer,
Sonhar, voar e até, quem sabe, 
Recomeçar! Sim, recomeçar a abraçar, a  sussurrar e a estar perto!
Cristina Félix

O momento mais importante no meu dia é quando estou com a minha família ou quando estou a falar com os meus amigos, pois não podemos estar juntos, mas podemos falar pelas redes sociais, e isso faz parecer que estamos a falar pessoalmente. Quando estou com a minha família normalmente brinco com a minha irmã, alguns dias somos animais, outros falamos com os brinquedos e entre outras coisas. Por vezes não quero brincar com ela, mas pensando bem são estes momentos que tornam o meu dia especial.
C C7ºA

Quando passeio com o meu cão, chamado Nero, pela floresta. Parece que entrámos num filme de aventuras, os pássaros falam entre si com os seus cânticos. O céu azul sem nuvens é um mar gigante com águas perfeitamente límpidas.
PF

O momento mais importante do meu dia é ao acordar. É ao acordar que eu sei se o meu dia vai correr bem ou menos bem. Há dias em que eu acordo e o mundo me sorri, há boa energia no ar e nada, nem ninguém que chegue que possa estragar aquele dia, eu adoro estes dias, pois estou leve como uma pena e nada me incomoda. Porém há também aqueles dias em que eu acordo e tudo é escuridão, tudo me corre mal, mas eu tento reverter isso porque isso não faz bem a ninguém.
C.Mar

O momento mais importante do dia de ontem foi à noite, porque andei de bicicleta e senti-me a andar no ar como o pássaro a voar! Era um brinquedo que voava, falava comigo, ria feliz e eu a pedalar sempre no ar, perto das nuvens!
Queria ir longe, longe até ao mar!
Pseudónimo: Edgar Rodrigues

segunda-feira, 11 de maio de 2020

“Para ti, as palavras são importantes?” – 7.º BD


Em E@D todos continuam a empenhar-se e a realizar com qualidade as tarefas propostas.
Parabéns a todos os alunos do 7.º BD e à docente Elisa Rodrigues pelo trabalho desenvolvido e pela dedicação.

Como diz Eugénio de Andrade:
“São como um cristal,
As palavras.
Algumas, um punhal,
Um incêndio.
Outras,
Orvalho apenas.”
(…)

Foi depois da análise do poema deste autor, que lancei o desafio aos alunos do 7.º BD, na segunda semana de ensino a distância:
“Para ti, as palavras são importantes?”

O resultado é o que se segue:

As palavras sabem quando estás triste ou feliz, elas são como um mar de emoções: umas vezes são bonitas e calmas e outras vezes são duras e violentas.
Joana Rodrigues, n.º 8

Sim, considero que as palavras têm muita força, pois mostram-nos o amor, a amizade, a solidariedade, mas, por outro lado também o ódio, a guerra, …
Quando as sabemos escolher, tornam os textos mais ricos e mais interessantes.
Sara Silva, n.º 13

As palavras são muito importantes, pois com elas podemos expressar os nossos sentimentos e comunicar uns com os outros.
Em momentos de guerra se não tivéssemos as palavras, não teríamos forma de nos comunicar, nem de chegar a uma solução para os problemas. Por vezes há pequenos conflitos que só são possíveis de resolver quando conversamos e utilizamos as palavras.
Beatriz Pais Oliveira, n.º 1

Quando pronunciamos uma palavra estamos a dar-lhe vida. Podemos dizê-la com amor, tristeza, raiva. Enfim, podemos transmitir inúmeros sentimentos numa só palavra.
Beatriz, Oliveira, n.º 2

Gosto das palavras mais aconchegadoras, como: amor, amizade, natureza, que, para mim, significam paz. Mas também há palavras violentas: guerra, luta, poluição que não devíamos usar, mas infelizmente temos que as ouvir no nosso dia a dia.
Daniela Costa, n.º 3

As palavras têm significados diferentes: com a palavra amor, podemos expressar o que sentimos por algo ou alguém; com a palavra guerra, expressamos a raiva, a fúria, ou até violência, o que não é bom. Usamos diferentes palavras para expressar o que sentimos.
Diana, Pereira, n.º 4

Para mim, as palavras são importantes, pois são elas que, num texto, nos transmitem as sensações do olfato, da visão, do tato, os sentimentos de amor, alegria, tristeza, que nos dão a entender o texto e que vão desenvolver o nosso vocabulário. Ao lermos um texto, as palavras fazem-nos imaginar o que está a acontecer: numa guerra ou um passeio calmo pela bela natureza. Podem atingir-nos de diversas formas: surpreender-nos, ficarmos alegres ou tristes e desiludidos.
   Margarida Santos, n.º 9

As palavras são muito importantes, porque servem para exprimir os nossos sentimentos, os nossos gostos; para partilharmos as coisas através da fala, para as pessoas se relacionarem bem e serem sociáveis, também servem para exprimir as nossas opiniões.
Santiago Figueiredo, n.º 11
 

quinta-feira, 7 de maio de 2020

A Biblioteca Escolar desafia-te… - Dia da Europa/ União Europeia


Para assinalar o Dia da Europa/ União Europeia, a Biblioteca Escolar selecionou o livro Países sem Fronteiras de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, através do qual poderás descobrir factos interessantes sobre a União Europeia (o hino e o lema), sobre os diferentes países que compõem a mesma e a lenda grega que envolve o nome Europa, um artigo do site RTP Ensina, onde poderás ver um vídeo com uma história breve da União Europeia e preparou um Challenge no Kahoot! sobre as capitais dos países que fazem parte da União Europeia. Atreve-te a participar neste desafio, descobre mais sobre a União Europeia e testa o teu conhecimento sobre as capitais dos seus estados membros.



Para acederem ao mesmo poderão faze-lo através da aplicação Kahoot que deverá estar instalada nos vossos telemóveis ou tablets. Para tal, terão de aceder à Apple Store ou Play Store e instalar a aplicação (Kahoot). Para quem já tem a aplicação instalada basta colocar este Challenge Pin (05236569) e responder às questões. Quanto ao vosso Nickname, terão de colocar o ano, turma e número (por exemplo, se forem o número 1, do 5.ºA (EB Azeredo Perdigão), o vosso Nickname será 5A1; se forem o número 1, do 5.ºAD (EB D. Duarte), o vosso Nickname será 5AD1). Também poderão aceder a este desafio através do seguinte link. Clica na imagem e acede! 

https://kahoot.it/challenge/05236569?challenge-id=7cf9e0c6-625e-4c10-a00a-32e19a85c5ed_1588784685590
 

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Cidadania e Desenvolvimento - 6.º A em E@D

Da terceira tarefa da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento resultaram vários trabalhos sobre o novo coronavírus Covid-19. Em E@D todos continuam a empenhar-se e a realizar com qualidade as tarefas propostas. 
Parabéns a todos os alunos e à docente Ana Paula Dionísio pelo trabalho desenvolvido e pela dedicação. 
Aqui fica o trabalho de uma das alunas do 6.º A, no âmbito das atividades da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.     

“ONDE COLOCAR AS LUVAS E AS MÁSCARAS USADAS?”, Margarida Gentil, 6.º A

Desde o início da pandemia da Covid-19 que ouço a minha mãe dizer que há o perigo de algumas pessoas, depois de usarem as máscaras e as luvas, lhes virem a dar um mau destino, colocando em perigo a natureza. Todas as pessoas devem obedecer às recomendações da DGS, no sentido de se protegerem a si próprias e aos outros, mas sem se esquecerem do meio ambiente.
Ao retirarem as luvas e as máscaras, devem colocá-las no lixo comum e ter o cuidado de verificar se esse contentor não está muito cheio, caso o façam diretamente à saída dos locais onde as usaram. Se estiver cheio, as luvas e as máscaras devem ser colocadas noutro contentor, mesmo que esteja um pouco mais distante. Também se pode pedir a um funcionário, se estivermos num supermercado, por exemplo, que retire o saco cheio e coloque um vazio. O vento pode levar máscaras e luvas para bem longe, se as deixarmos “à vontade”.
Caso não pensemos nestas coisas, o ambiente vai sofrer alterações e com isso nós sofremos graves consequências. Todos unidos, a proteção será maior - a pessoal, a social e a do meio ambiente!

NÃO CONTRIBUAS PARA O QUE VÊS NESTAS IMAGENS, POR FAVOR!


terça-feira, 5 de maio de 2020

Dia Mundial da Língua Portuguesa

Hoje, pela primeira vez, comemora-se o Dia Mundial da Língua Portuguesa. 
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) oficializou a data no ano passado, mas desde 2009 que, em 05 de maio, era comemorado o Dia da Língua e da Cultura Portuguesa, instituído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Os "Contos do Dia Mundial da Língua Portuguesa", iniciativa do instituto Camões, da Porto Editora e do Plano Nacional de Leitura (PNL) desafia os alunos de português a escreverem um conto inédito, de uma a três páginas.
O português é falado por mais de 260 milhões de pessoas nos cinco continentes, ou seja, 3,7% da população mundial.
É língua oficial dos nove países-membros da CPLP (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e Macau, bem como língua de trabalho ou oficial de um conjunto de organizações internacionais como a União Europeia, União Africana ou o Mercosul.



segunda-feira, 4 de maio de 2020

Dicas para a utilização da plataforma Moodle

A Direção-Geral da Educação (DGE), em colaboração com a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP), construiu um tutorial de apoio à utilização da plataforma Moodle, plataforma escolhida pelo Agrupamento para disponibilizar metodologias de ensino a distância, de forma a dar continuidade aos processos de ensino e aprendizagem.
Para aceder ao documento basta clicar na imagem.

Boa semana!

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Desenhar a poesia

Na segunda tarefa semanal, os alunos do 8.º D e 8.º E tiveram como missão desenhar um poema. Depois de muitas dúvidas esclarecidas, lá forma chegando os trabalhos. Como a tecnologia falha e não é perfeita, foram escolhidos aqueles cuja imagem apresenta mais resolução. Isto não significa que os outros trabalhos não tivessem qualidade em termos de conteúdo/imagem. Infelizmente, apenas demonstra as falhas deste sistema…
Ressalvo que esse facto  não prejudica nem minimiza o trabalho e esforço de cada um dos que participaram, pelo contrário, engrandece-o porque fizeram o seu melhor!
(Tenho que abrir uma exceção e dar os parabéns, em particular, ao nosso “cozinheiro” que fez os seus bolinhos com muito carinho. Desta vez só os vimos, mas quando regressarmos queremos provar, Rodrigo!)
Parabéns, meninos!!

Como diz o nosso Pessoa,

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas.
Um dia vou construir um castelo..."

                                                                                                   Fernando Pessoa

Um bom descanso para todos!

Ana Balula

Parabéns a todos os alunos e à professora Ana Balula pelo trabalho e dedicação!



quarta-feira, 29 de abril de 2020

Sugestão de leitura (29-04-2020)


Encantamentos

- Para que serve a poesia? Esta é uma daquelas questões que, cedo ou tarde, todos os poetas enfrentam. A resposta mais frequente, mais falha de imaginação e de verdade, assegura que a poesia não serve para nada. Alguns poetas, em especial os portugueses, acrescentam a seguir que também a vida não serve para nada, etc. […]
Na origem, a poesia era uma disciplina da magia. Servia para encantar. Continua a ser assim, embora, no sentido literal, poucas pessoas ainda exercitem essa antiquíssima arte. Uma tarde, em Benguela conheci uma das derradeiras praticantes. Almoçava com amigos, e amigos de amigos, num desses quintalões antigos, carregados de frutos, e de boa sombra, da cidade das acácias rubras. A determinada altura escutei um sujeito que se referiu a uma tal Dona Aurora:
 - A velha receita poesias.
- Recita - corrigi. O homem, um oficial do exército, encarou-me, irritado: 
- Não senhor! Receita! Dona Aurora receita poesias. Resolve problemas de amor, amarrações, mau-olhado, tudo com versinhos. 
Fiquei interessado. Anotei o endereço da curandeira num guardanapo e na manhã seguinte bati-lhe à porta. Dona Aurora morava na Restinga, num casarão, em madeira, muito maltratado. A velha senhora, miúda, muito magra, vestia de cor-de-rosa. Toda a sua força parecia residir na cabeleira, a qual mantinha uma vigorosa rebeldia juvenil. Convidou-me a entrar. Móveis dos anos 50, muito gastos. Estantes carregadas de livros velhos. Aproximei-me. Poesia, e mais poesia: Florbela, Camões, Vinícius, José Régio, Sophia, Drummond, Manuel Bandeira, tudo misturado, num bem-aventurado desrespeito a fronteiras políticas, estéticas e ideológicas. «O meu marido sempre gostou de poesia», justificou-se: «Eu, menos. Foi só depois de ele morrer, há 30 anos, que descobri o poder dos versos.» 
Acontecera um pouco por acaso - contou. Uma tarde deu-se conta de que certos sonetos parnasianos (os mais trabalhosos) a ajudavam a vencer a insónia. Mais tarde, que João Cabral de Melo Neto, a partir de «O cão sem plumas», era muito eficaz no combate à cefaleia. Pouco a pouco foi desenvolvendo um método. Combatia a prisão de ventre lendo alto a Sagrada Esperança. Mantinha o quintal livre de ervas daninhas, percorrendo-o, ao crepúsculo, enquanto soprava devagar «O guardador de rebanhos».
Numa cidade pequena não tardou que tais excentricidades lhe trouxessem, primeiro inimigos, e depois devotos seguidores e pacientes. Hoje, ela recebe a todos, ricos e pobres, na sala onde me recebeu a mim.
Ouve as suas queixas, levanta-se, percorre as estantes, e regressa com a solução. «Quem me procura mais são mulheres querendo reconquistar o coração dos maridos. Recomendo que lhes murmurem, enquanto dormem, algum Neruda, às vezes Camões, outras Bocage.» 
Dona Aurora não aceita dinheiro pelos serviços prestados. «Não sou eu quem cura», explicou-me, «é a poesia».

José Eduardo Agualusa (revista Ler nº 113, maio 212)

terça-feira, 28 de abril de 2020

E@D no Jardim de Infância de Lustosa

Hoje partilhamos um exemplo de uma boa prática, nesta nova fase digital, onde o ensino passou a ser à distância. Os alunos do JI de Lustosa acolheram e realizaram com muito entusiasmo duas atividades propostas pela educadora Adelaide Oliveira que se basearam num jogo sobre a história “O Cuquedo”, o qual foi concedido com recurso à ferramenta forms do office, e um PowerPoint personalizado com a experiência “A casca do ovo”. Neste PowerPoint, as crianças receberam todas as instruções, através de uma gravação áudio da educadora, para realizar uma atividade de ensino experimental.
Através das diferentes ferramentas digitais é também possível o desenvolvimento da literacia da leitura e da literacia científica.
Nesta fase tão excecional só podemos reconhecer que estas iniciativas permitem aproximar alunos e docentes, mesmo em E@D, promovem diferentes abordagens e facilitam a aprendizagem.

Muitos parabéns à docente e aos alunos pelo trabalho desenvolvido. 

Questionário 



 
 


PowerPoint        








segunda-feira, 27 de abril de 2020

sábado, 25 de abril de 2020

O 25 de abril pelos olhos do 8.º D


Hoje comemora-se o 25 de abril, conhecido como o Dia da Liberdade em Portugal e o dia da Revolução dos Cravos. Neste feriado nacional relembra-se a importância da liberdade no país. Na disciplina de EMRC os alunos, da professora Paula Rocha, foram convidados a escrever um acróstico que tinha como mote a palavra “Liberdade” e respetiva ilustração.

Pela importância da data, pela valorização do trabalho realizado em tempos de quarentena e pela qualidade das tarefas, partilhamos os acrósticos e ilustrações da Lara e a Camila do 8.º D. Trata-se de uma amostra de todo o trabalho realizado.

Parabéns às autoras e a todos os colegas que se empenharam e à professora Paula Rocha pelo excelente trabalho e partilha! 



Bom feriado e bom fim de semana!